Publicada em: 17/09/2018 às 16:33 |
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Assistência à saúde mental do estudante A valorização das relações interpessoais e saúde mental na pós-graduação foi tema do último dia de programação da Semana da Pós-graduação :: Acesse a cobertura especial da Semana de Pós-graduação Questões que permeiam a valorização das relações interpessoais e as ações institucionais voltadas para o cuidado com a saúde mental de profissionais e estudantes foram os principais assuntos debatidos na manhã do último dia (14/09) de atividades da Semana da Pós-graduação Stricto sensu do IOC. Realizada em sessão do Centro de Estudos, a mesa-redonda dedicada a debater o assunto foi composta por Cristiane Batista Andrade, do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (CLAVES) da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz); Tânia Maron Vichi Freire de Mello, coordenadora do Serviço de Assistência Psicológica e Psiquiátrica ao Estudante (SAPPE) da Universidade de Campinas (Unicamp); Marcia Silveira, coordenadora técnica do Centro de Apoio ao Discente (CAD/Fiocruz); e Wania Santiago, vice-diretora de Desenvolvimento Institucional e Gestão e membro da Comissão Interna de Valorização das Relações Interpessoais e Prevenção ao Assédio do IOC. Gutemberg Brito (IOC/Fiocruz)
Questões que permeiam a valorização das relações interpessoais e o combate aos tipos de assédio, assim como as ações institucionais voltadas para o cuidado com a saúde mental de profissionais e estudantes, foram os principais assuntos debatidos “A melhor maneira de combater qualquer tipo de assédio é procurar ajuda” Sobre o assédio sexual, a especialista chamou atenção para as ações que caracterizam esse tipo de violência. “Conversas de cunho íntimo não desejadas, imposição de favores e chantagens sexuais, pressões para marcar encontros, tudo isso configura assédio sexual”, esclareceu Cristiane, salientando que, por conta do contexto cultural e social, as mulheres muitas vezes tratam este tipo de violência no âmbito privado. “O contexto histórico de submissão, unido ao medo e à possível impunidade, fazem com que muitas assediadas não deem visibilidade ao problema. Por isso, reforço: a melhor maneira de combater qualquer tipo de assédio é procurar ajuda”, enfatizou. Sensibilizar, prevenir e acolher Ainda envolvendo a prioridade da Comissão em prevenir relações interpessoais conflituosas e propiciar um ambiente de trabalho agradável, a vice-diretora comentou sobre as atividades oferecidas pelo Instituto no contexto das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS). “Hoje, contamos com quatro iniciativas no IOC, todas realizadas por voluntários e abertas à participação de profissionais e estudantes da Fiocruz: reiki, meditação, auriculoterapia e roda de terapia comunitária integrativa”, contou, destacando que o programa está alinhado às diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para essas práticas. Gutemberg Brito (IOC/Fiocruz)
No contexto de valorização das relações e do combate ao assédio, cada participante abordou uma temática específica Por fim, Wania Santiago apresentou um rápido panorama das ações da Fiocruz no enfrentamento do assédio moral e outras formas de violência no trabalho e elencou os canais de acolhimento dentro da Instituição. “Qualquer profissional que se sinta vítima de assédio moral ou sexual na instituição pode procurar a Ouvidoria Fiocruz, o Serviço de Gestão do Trabalho da sua Unidade, o Centro de Atendimento ao Discente (CAD), no caso de ser estudantes, ou até mesmo o Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc-SN), se for servidor”, concluiu. Atenção estudantil De acordo com a coordenadora, apesar de uma experiência institucionalmente exitosa, o CAD ainda precisa superar alguns desafios para avançar no atendimento estudantil. “A ampliação da equipe de trabalho, a formação de redes internas e externas para disseminação de ações e a constituição de Centro de Apoio ao Discente nas unidades regionais, atualmente, são os nossos principais desafios”, sinalizou Márcia Silveira. Experiência da Unicamp no atendimento ao discente Tânia aproveitou para parabenizar o IOC pelo desenvolvimento de iniciativas voltadas para a saúde mental de alunos e profissionais, assim como por ampliar a discussão sobre um tema tão atual e importante: violência no trabalho. “Organizar uma mesa-redonda sobre valorização das relações interpessoais e saúde mental na pós-graduação foi uma grande sacada do Instituto, pois questões de saúde mental estão movimentando o mundo inteiro pelos mais diversos motivos. Quanto às causas e consequências relacionadas aos assédios moral e sexual, gostaria de reforçar que esse tipo de violência causa sofrimento para todas as pessoas envolvidas. No SAPPE, temos o cuidado de proteger os dois lados e, acima de tudo, trabalhar de maneira sigilosa”, concluiu. Reportagem: Kadu Cayres |
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