Publicada em: 21/12/2018 às 08:00 |
Instituto Oswaldo Cruz: retrospectiva 2018
:: Clique aqui ou na imagem e confira No campo da saúde pública, pesquisadores do IOC demonstraram, mais uma vez, sua capacidade de pronta resposta em situações de emergências sanitárias: seja por meio do monitoramento, diagnóstico e vigilância de casos de febre amarela que se multiplicaram em mais um verão ou da análise de amostras suspeitas de infecção por hepatite A provenientes de uma comunidade do Rio de Janeiro. O ano foi marcado também por surtos de sarampo nos estados do Amazonas e Roraima, no Norte do país. Além de atuar prontamente na confirmação de casos suspeitos, o Instituto foi responsável por análises filogenéticas que identificaram a origem do vírus. Ainda no contexto da pesquisa, foram desenvolvidos estudos em diversas áreas do conhecimento: do mapeamento genético que traça a evolução da hanseníase aos avanços na compreensão dos danos neurológicos causados pelo vírus Zika. As investigações revelaram ainda novas espécies de parasitos, um caso raro de Zika associado a aborto e Síndrome de Guillain-Barré e o desenvolvimento de um método que permite detectar a presença do material genético do agente causador da doença de Chagas em alimentos à base de açaí. A efervescência também tomou conta das publicações, com um livro que apresenta informações sobre as espécies de flebotomíneos do Brasil, um extenso artigo de revisão sobre triatomíneos e uma obra sobre o precioso legado deixado por Virgínia Schall, falecida precocemente em 2015. No âmbito do Ensino não faltaram conquistas a serem celebradas. Por meio de um convênio firmado com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (IFAC) foi possível formar novos doutores para a região da Amazônia. Cursos de abrangência internacional ministrados por renomados especialistas capacitaram centenas de estudantes. E o que falar dos Cursos de Férias, tradicional iniciativa que alcançou a marca de 20 edições, formando quase dois mil estudantes de graduação de todo o país? Além disso, docentes e discentes tiveram suas pesquisas reconhecidas em diversos eventos científicos. O debate, a promoção da saúde e a divulgação científica permaneceram em destaque no Instituto em 2018. Ao longo de oito edições, o Núcleo de Estudos Avançados (NEA) reuniu biólogos, médicos, especialistas em segurança pública, membros de agências de fomento e sociedades científicas, entre outros profissionais, para discutir temas de impacto para a sociedade, como violência urbana, longevidade, mudanças climáticas e empreendedorismo. Pesquisadores e estudantes também marcaram presença em atividades de divulgação científica, como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) e o ‘Fiocruz Pra Você’. O Simpósio ‘Ciência, Arte e Cidadania’ realizou atividades culturais, debates, oficinas e palestras com profissionais que atuam na interface entre ciência e arte. Diante da queda preocupante nos índices de vacinação no país, pesquisadores deixaram por alguns instantes as bancadas do laboratório para participar de uma campanha sobre a importância da imunização na prevenção de doenças como febre amarela, poliomielite, gripe, sarampo, rubéola, rotavírus, coqueluche, meningite, tuberculose e hepatites. Já em relação ao desenvolvimento de estratégias institucionais, o destaque vai para o VI Encontro do IOC. Dedicada ao tema ‘Laboratórios, célula-mater do Instituto: perspectivas em um cenário adverso’, a iniciativa alargou de forma inédita a participação dos profissionais e estudantes no processo de planejamento estratégico. Para produzir uma análise situacional do IOC, o VI Encontro contou com uma etapa de discussão em grupos de trabalho e com a escuta das contribuições de todos os profissionais e estudantes. O resultado foi um diagnóstico situacional abrangente, indicando forças, fraquezas, oportunidades e ameaças relacionadas ao Instituto. O ano de 2018 foi marcado ainda pelo primeiro centenário do Castelo Mourisco, um verdadeiro monumento à ciência e à saúde pública, idealizado pelo cientista Oswaldo Cruz. Reportagem: Lucas Rocha Edição: Vinicius Ferreira 20/12/2018 Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz) |