Publicada em: 04/02/2019 às 15:19 |
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Lar da ciência e da natureza Ladeada por áreas de extrema carência social e ambiental, campus da Fiocruz, no Rio de Janeiro, é pilar indispensável à preservação da biodiversidade e se torna ‘casa’ para diversas espécies, como as borboletas Em meio ao caos urbano da movimentada Avenida Brasil, principal via da cidade do Rio de Janeiro com mais de 58km de extensão, os 800 mil metros quadrados do campus da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, na Zona Norte, se destacam não somente por suas magníficas estruturas arquitetônicas, como a do Castelo Mourisco - tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) -, mas também por sua rica biodiversidade, se tornando inspiração para visitantes, funcionários e pacientes que transitam rotineiramente pelo local.Atuando como uma espécie de refúgio para a fauna brasileira que resiste bravamente à destruição de seus habitats naturais devido ao intenso processo de urbanização do entorno, o campus é o local escolhido para ser a ‘casa’, por exemplo, de diversas espécies sensíveis, como mariposas e borboletas. Um estudo conduzido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/ Fiocruz) revela que o terreno abriga, ao menos, 24 espécies de borboletas. “Estes são eficientes seres polinizadores. Podem ser pequenos em tamanho, mas são gigantes no quesito manutenção do ecossistema”, comenta Jane Costa, pesquisadora do Laboratório de Biodiversidade Entomológica do IOC e orientadora da pesquisa.
O resultado, que demonstra o imenso potencial entomológico existente no campus e reafirma a necessidade de preservá-lo, traz à luz outra curiosidade: com base na literatura entomológica, estima-se que exista uma grande diversidade de espécies noturnas da ordem Lepidoptera a serem estudadas e registradas no campus da Fiocruz - composta por borboletas e mariposas, esse grupo ocupa o posto de segunda maior ordem entomológica do planeta, no quesito diversidade de insetos. “O número de espécies de mariposas pode chegar a ser quase cinco vezes maior que o das borboletas, podendo existir mais de 100 espécies no campus”, enfatiza Jane.
Reportagem: Agatha Ariel |
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