Publicada em: 29/05/2019 às 12:45 |
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Sequenciamento genético para fortalecer a vigilância do vírus influenza nas Américas Especialistas de dez países da região participaram de curso promovido pelo IOC em parceria com a Opas/OMS e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos Em um esforço conjunto para fortalecer a vigilância do vírus influenza, causador da gripe, no continente americano, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) sediou um curso internacional dedicado a técnicas de sequenciamento genético. A iniciativa é um trabalho conjunto entre o Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do IOC, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), com impacto direto na formulação das vacinas usadas no combate à gripe. De 13 a 17 de maio, especialistas de dez países das Américas participaram do treinamento no campus da Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Os países participantes do curso possuem Centros Nacionais de Influenza (NIC, na sigla em inglês) e integram a Rede Global de Vigilância da Influenza da OMS. “Estamos na era molecular da medicina e o sequenciamento genético é, neste momento, um pilar da vigilância em influenza”, afirmou Rebecca Kondor, líder de análises genômicas e vice-diretora do Centro Colaborador da OMS para Vigilância, Epidemiologia e Controle da Influenza do CDC. Kondor detalhou os motivos para a escolha do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC, que integra a rede de vigilância e atua como referência nacional junto ao Ministério da Saúde, para sediar o curso. “A Fiocruz tem sido parceira no enfrentamento da influenza, é conhecida por seus ótimos laboratórios e é uma liderança regional na realização de ensaios moleculares”, opinou. Promover a autonomia dos países das Américas no uso de técnicas de sequenciamento genético é importante para ampliar o entendimento sobre a presença do vírus na região, explicou a especialista laboratorial em influenza e vírus emergentes da Opas/OMS, Juliana Leite. “Nosso foco é aumentar a capacidade dos países de gerar dados sobre a circulação do vírus”, completou. Chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC, a virologista Marilda Siqueira lembrou os avanços na vigilância do vírus influenza desde a pandemia de 2009 e chamou atenção para um benefício adicional comportado neste tipo de treinamento. “Quando se incrementa um laboratório, mesmo que com foco específico para a análise genética do vírus influenza, estamos também criando capacidade para outras doenças que podem usar a mesma metodologia, como as arboviroses, por exemplo. Essa é a fronteira atual em termos de conhecimento e nos permite uma visão mais clara do que está acontecendo em cada país”, finalizou. Reportagem: Lucas Rocha e Marina Saraiva Edição: Raquel Aguiar 29/05/2019 Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz) |
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