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Novo membro da Academia Fluminense de Letras

Pesquisador foi nomeado acadêmico titular por suas contribuições científicas, intelectuais e para a disseminação de conhecimento

O médico imunologista Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), foi nomeado acadêmico titular da Academia Fluminense de Letras (AFL) em cerimônia realizada no dia 17 de outubro, na sede da AFL, em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O cientista passa a ocupar a cadeira nº 31, que tem como patrono Paulo da Silva Araújo (1883-1918), médico, farmacêutico, cientista e membro da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Daniel-Ribeiro sucede os acadêmicos Álvaro Sá de Castro Menezes (fundador), Júlio Eduardo da Silva Araújo, Francisco Pimentel, Raul de Oliveira Rodrigues e Armando Vaz Teixeira.

No discurso de posse, o pesquisador ressaltou o legado construído pelos antecessores. “Minha honra e gratidão são absolutas e agradeço irrestritamente a todos, sobretudo, pela extraordinária magnificência de que fazem prova ao acolherem, em uma cadeira na Classe de Letras desta tão prestigiosa grei, um aprendiz iniciante”, disse.

Foto: Murilo Lima/Academia Fluminense de Letras

No discurso de posse, Cláudio Ribeiro ressaltou o legado dos acadêmicos que ocuparam a cadeira nº 31


O novo imortal da Classe de Letras da AFL foi saudado em solenidade conduzida pelo presidente da academia, Waldenir de Bragança. Estiveram presentes no evento o vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, Rodrigo Correa, o vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Marcelo Alves Pinto, o membro titular da Academia Nacional de Medicina (ANM), Jorge Fonte de Rezende Filho, representando o presidente da ANM, Jorge Alberto Costa e Silva, e os presidentes da Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Acamerj), Luiz José Martins Romêo Filho, e da Academia Brasileira de Médicos Escritores (Abrames), Leslie Albuquerque Aloan.

Reconhecimento
O imunologista é reconhecido, em especial, por suas contribuições no estudo da malária, grave problema de saúde pública no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de malária chegaram a 219 milhões, em 87 países, em 2017. No mesmo ano, o número de mortes foi de 435 mil. No Brasil, a Região Amazônica é considerada a área endêmica para a doença com mais de 99% dos casos autóctones. O agravo é causado por parasitas do gênero Plasmodium, que são transmitidos através das picadas de fêmeas infectadas dos mosquitos Anopheles.

Foto: Murilo Lima/Academia Fluminense de Letras

O imunologista passa a ocupar a cadeira que tem como patrono o médico e cientista Paulo da Silva Araújo


O pesquisador é autor do livro ‘Imagens, Micróbios e Espelhos: os sistemas imune e nervoso e nossa relação com o ambiente’ [saiba mais], da Editora Fiocruz, e informa que um romance de popularização médica sobre o Lúpus Eritematoso Sistêmico está em fase de redação. É membro titular das academias Nacional e Fluminense de Medicina, membro correspondente da Academia Nacional de Medicina da França e cavaleiro da ordem das Palmas Acadêmicas pelo governo francês. Em 2016, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Nova de Lisboa, de Portugal.

Sobre a AFL
A Academia Fluminense de Letras (AFL) tem por objetivo estimular e promover a cultura, as ciências sociais e as artes, valorizar o idioma e as letras nacionais, além de contribuir para a preservação da memória da história literária, especialmente do Estado do Rio de Janeiro. O grupo presta apoio a iniciativas e eventos literários, socioculturais e entidades voltadas para o desenvolvimento das publicações literárias e artísticas. A iniciativa também fomenta a cooperação e o intercâmbio entre academias e entidades congêneres.

Fundada em 22 de julho de 1917, a AFL foi reconhecida como a Academia de Letras oficial do Estado do Rio de Janeiro pela Lei nº 7.588, promulgada no ano do seu centenário. É constituída de 50 cadeiras na Classe de Letras, tendo como patronos pessoas que contribuíram para a construção da história do estado do Rio e do Brasil – como Euclides da Cunha, Casimiro de Abreu, D. Pedro II, Felisberto de Carvalho – além de 15 cadeiras em cada uma das Classes de Belas Artes, Ciências e Ciências Sociais, homenageando nomes que forneceram contribuições em suas respectivas áreas de atividades, incluindo Oswaldo Cruz, Carlos Chagas, Vital Brazil, Villa-Lobos, Jayme Moreira de Luna, Noel Rosa, José de Anchieta, José Clemente Pereira e Violeta Saldanha da Gama.

Reportagem: Lucas Rocha
Edição: Raquel Aguiar
22/10/2019
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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