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IOC é destaque em evento do Ministério da Saúde

Premiação de estudo sobre dengue, lançamento de documentários e projeto que reforça a vigilância das arboviroses marcaram a participação do Instituto na Expoepi

Iniciativas de impacto para a saúde pública lideradas por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foram destaques da 16ª edição da Mostra Nacional de Experiências Bem-sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi), realizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde. Cerca de 2 mil profissionais da área da saúde participaram do evento, entre os dias 04 e 06 de dezembro, em Brasília.

Estudo premiado ressalta vigilância do vírus da dengue
As mostras competitivas contaram com 1.185 trabalhos inscritos. Destes, foram selecionados 84 projetos finalistas, dos quais foram premiados os três melhores em cada modalidade. A tese de doutorado da bióloga Fernanda de Bruycker Nogueira, defendida no Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária do IOC, foi uma das vencedoras da categoria ‘Produção técnico-científica por parte de profissional do SUS que contribuiu para o aprimoramento das ações de vigilância em saúde’, na modalidade doutorado. A pesquisa foi desenvolvida nos Laboratórios de Flavivírus e de Imunologia Viral do IOC.

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A tese desenvolvida pela pesquisadora Fernanda Nogueira, do Laboratório de Flavivírus do IOC, foi premiada em categoria que destaca contribuições para o aprimoramento das ações de vigilância em saúde


Intitulado ‘História evolutiva, caracterização e vigilância molecular das diferentes linhagens do vírus dengue tipo 1 no Brasil’, o trabalho foi orientado pela pesquisadora Flavia Barreto dos Santos, do Laboratório de Imunologia Viral do IOC. Recentemente, a tese foi contemplada com menção honrosa no Prêmio Capes de Tese 2019, na categoria Ciências Biológicas III, e com o Prêmio Anual IOC de Teses Alexandre Peixoto.

O estudo apresentou um panorama amplo sobre as rotas de introdução e dispersão do vírus dengue tipo 1 no Brasil e nas Américas. Análises de sequências genéticas de 48 amostras, representando cepas isoladas entre 1986 e 2011 no Brasil, permitiram a caracterização molecular do sorotipo 1 do vírus da dengue circulante no país.

A tese também aprofunda o conhecimento da dinâmica do genótipo V do DENV-1, o mais prevalente no continente americano. A reconstrução do histórico evolutivo desse genótipo nas Américas foi realizada com a aplicação de abordagens filogenéticas e filogeográficas. Foram considerados dados de mais de 800 sequências genéticas, originárias de 46 países, abrangendo um período aproximado de 50 anos. Saiba mais sobre a pesquisa.

Lançamento de produção audiovisual em nova plataforma
Filmes produzidos pelo Serviço de Produção e Tratamento de Imagem do IOC foram destaques do estande VigiArbo, uma iniciativa promovida pela Coordenação-Geral de Arboviroses, do Ministério da Saúde, que reuniu diversas iniciativas inovadoras da Fiocruz em vigilância e controle de doenças.

A ocasião marcou o lançamento de uma nova plataforma para a exibição de três documentários: ‘Conhecendo os mosquitos Aedes, transmissores de arbovírus’, ‘Aedes aegypti e Aedes albopictus – Uma ameaça nos trópicos’, e ‘O mundo macro e micro do mosquito Aedes aegypti para combatê-lo é preciso conhecê-lo’. A partir de agora, os filmes poderão ser assistidos por um pen-drive. Segundo o diretor das obras, Genilton José Vieira, a iniciativa tem por objetivo acompanhar as transformações tecnológicas e o hábito de consumo audiovisual pela população.

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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, recebeu um exemplar dos documentários do diretor das obras, Genilton José Vieira, do Serviço de Produção e Tratamento de Imagem do IOC


Os documentários mostram detalhes da vida dos mosquitos do gênero Aedes, responsáveis pela transmissão de doenças como dengue, Zika e chikungunya. O material reúne imagens obtidas por filmagens com câmeras HD e de alta velocidade, bem como por modelagem e animações virtuais em 3D.

Os filmes estão disponíveis gratuitamente em português, inglês e espanhol. Para solicitar cópias em pen-drive ou DVD, envie email para imagem@ioc.fiocruz.br. A iniciativa contou com apoio do Ministério da Saúde e da Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz.

Reforço na vigilância das arboviroses
No estande, também foram apresentadas metodologias elaboradas pelo Projeto ArboAlvo. A iniciativa, liderada pelo IOC e pelo Programa de Computação Científica da Fiocruz (PROCC), prioriza o controle e a vigilância das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Os pesquisadores desenvolveram metodologias para a estratificação do território em áreas de risco de transmissão dos vírus dengue, Zika e chikungunya, com base em parâmetros epidemiológicos, entomológicos, ambientais e sociodemográficos em cidades endêmicas para essas arboviroses.

Para o estudo, foram selecionadas quatro capitais: Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Natal (RN) e Campo Grande (MS). Coordenam as atividades as pesquisadoras Nildimar Honório, do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do IOC, e Marília Carvalho, do PROCC. O projeto é fruto de demanda da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS), conta com financiamento do Ministério da Saúde (SVS/MS) e integra o Programa de Vigilância de Arboviroses (Vigiarbo).

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Pesquisadores que atuam no Projeto Arboalvo apresentaram resultados da iniciativa no estande Vigiarbo, da Coordenação-Geral de Arboviroses do Ministério da Saúde


Participam da estratégia pesquisadores do IOC, PROCC, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz), Instituto René Rachou (Fiocruz/MG), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e profissionais dos quatro municípios envolvidos no projeto. Os pesquisadores Paulo Chagastelles Sabroza, da ENSP, e Christovam Barcellos, do ICICT, atuam como consultores científicos do projeto.

O projeto inclui ações de educação, informação e comunicação que ampliem a formação de profissionais de saúde para o direcionamento de ações de controle mais efetivas. O ArboAlvo também integra a rede internacional de pesquisa DENTARGET, composta por cientistas, profissionais e gestores de diferentes países que se dedicam à busca por métodos alternativos para a prevenção e o controle da dengue e outras arboviroses, em especial na América Latina.

Reportagem: Lucas Rocha
Edição: Vinicius Ferreira
11/12/2019
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