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Instituto integra Comissão Especial de Ciência do Governo do Estado do Rio de Janeiro para combate à Covid-19

A avaliação da adesão da população ao isolamento social, vigilância epidemiológica e avaliação de terapias estão entre os objetivos do grupo

A pesquisadora Patrícia Bozza, chefe do Laboratório de Imunofarmacologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), integra o grupo de especialistas convocado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro para contribuir cientificamente com respostas para os desafios, a curto, médio e longo prazos, impostos pela pandemia de Covid-19, incluindo avaliações, diagnósticos e monitoramento dos impactos na saúde e na economia do Estado. A Comissão Ciência RJ no Combate à COVID-19 (ComCiênciaRJCOVID) foi criada nesta terça-feira, dia 05/05, conforme Decreto 47.061. A informação foi publicada no Diário Oficial do Estado, nesta quarta (06).

A Comissão terá como objetivo avaliar a adesão da população ao isolamento social, acesso a testes diagnósticos moleculares e sorológicos, vigilância epidemiológica, avaliação de terapias, saída controlada do isolamento, monitoramento com ferramentas de tecnologia da informação e a participação do Estado no esforço nacional e mundial para produção de equipamentos médicos, como respiradores, insumos farmoquímicos e de EPI (equipamento de proteção individual), e para o teste e produção de vacina, além dos impactos da pandemia na economia e desenvolvimento social do Estado do Rio de Janeiro.

O grupo é composto por 18 especialistas de diversas instituições, incluindo outros pesquisadores da Fiocruz, como a pneumologista Margareth Dalcomo, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), e Marcos Freire, vice coordenador geral de Desenvolvimento Tecnológico do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) e assessor científico de Bio-Manguinhos/Fiocruz. A Comissão é liderada pelo biofísico Jerson Lima, presidente da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).

Médica, com experiência da área de farmacologia, Patrícia Bozza é pesquisadora 1 A do CNPq e membro da Academia Brasileira de Ciências. A especialista lidera um grupo de pesquisa voltado para o estudo dos mecanismos celulares e moleculares envolvidos na resposta inflamatória e metabólica a infecções.

Bozza integra um estudo que constatou, recentemente, que o medicamento atazanavir, utilizado no tratamento do HIV, apresenta bons resultados sobre o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Os dados, obtidos a partir de infecção in vitro em diferentes linhagens celulares, experimentos com enzimas e análises da dinâmica molecular de interação entre vírus e medicamento, apontam que a substância foi capaz de inibir a replicação viral, além de reduzir a produção de proteínas que estão ligadas ao processo inflamatório nos pulmões e, portanto, ao agravamento do quadro clínico da doença. Os especialistas também investigaram o uso combinado do atazanavir com o ritonavir, outro medicamento utilizado para combater o HIV. Clique aqui e saiba mais.

Para acompanhar todas as ações do Instituto em coronavírus, confira a cobertura especial sobre o tema.

Reportagem: Vinicius Ferreira
06/04/2020 - Atualizado em 08/05/2020
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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