Hermann Schatzmayr: dez anos sem o expoente virologista
Instituto relembra a trajetória profissional do cientista que formou gerações de alunos e deixou uma legião de admiradores
O currículo do pesquisador Hermann Gonçalves Schatzmayr acompanha a própria evolução do quadro epidemiológico das doenças virais no Brasil. No IOC desde 1961, participou dos esforços de erradicação da varíola e da poliomielite.Nos anos 80, liderou a equipe responsável pelo isolamento dos vírus da dengue tipos 1, 2 e 3 no país. Foi presidente da Fiocruz entre os anos de 1990 e 1992, assumindo o cargo num momento delicado na história da Fundação. Na instituição, criou um departamento de virologia que deu origem a diversos centros de referência nacionais e internacionais.
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Divulgação |
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Anos de 1986, 1990 e 2000: Hermann e sua equipe isolaram, respectivamente, os vírus 1, 2 e 3 da dengue |
Schatzmayr foi um dos autores do livro ‘A virologia no Estado do Rio de Janeiro: uma visão global’, que apresenta uma perspectiva global e histórica desse campo de pesquisa no Estado, ao longo de mais de um século. A publicação descreve a atuação de instituições do Estado que realizam pesquisa, desenvolvimento tecnológico e produção de fármacos e outros produtos para tratamento e controle de viroses.
Desde 2012, novas gerações de cientistas são reveladas em evento que leva o nome do expoente da virologia. Possibilitando a integração entre alunos de pós-graduação e permitindo que eles compartilhem seus resultados e experiências com a comunidade científica, o Simpósio Avançado de Virologia Hermann Schatzmayr já destacou mais de uma centena de resultados científicos de qualidade, que contribuem para aumentar o índice de desenvolvimento humano do país.
Esportista, Hermann era jogador de basquete e apaixonado pela camisa rubro-negra que defendia juntamente com a equipe juvenil do Flamengo. O virologista também era amante de tênis e futebol de botão. Além disso, tinha uma relação especial com a música, sobretudo a clássica, e uma facilidade ímpar com o aprendizado de novos idiomas: adorava ler livros em alemão, espanhol, italiano e francês, e arranhava o russo.
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Acervo pessoal |
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Fã de basquete, Hermann é o segundo, da esquerda para a direita, na fileira de trás. |
Para conferir mais detalhes sobre a vida e trajetória profissional de Hermann Schatzmayr, acesse o depoimento que o cientistas concedeu ao IOC poucas semanas antes de seu falecimento, em alusão aos 110 anos do Instituto. Veja também o especial sobre o virologista.
Reportagem: Vinicius Ferreira
22/06/2020
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