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Educação sobre drogas

Francisco José Figueiredo Coelho, da Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde, é autor da tese 'Educação sobre Drogas e Formação de professores: uma proposta de ensino a distância centrada na redução de danos'

O desenvolvimento de atividades educativo-preventivas sobre drogas ainda é um desafio para professores e gestores da área da educação. A carência nos cursos de formação sobre o tema também amplia o gargalo diante da necessidade de ações de conscientização. O trabalho do recém-doutor Francisco José Figueiredo Coelho, da Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde, relata o desenvolvimento e a aplicação de um curso de educação à distância sobre drogas para professores centrado na redução de danos enquanto enfoque educativo. O estudo avalia, ainda, em que medida a capacitação fomentou o desenvolvimento de espaços de diálogo e aprendizagem sobre o assunto nas escolas.

A tese 'Educação sobre Drogas e Formação de professores: uma proposta de ensino a distância centrada na redução de danos' foi orientada pela pesquisadora Simone Souza Monteiro, do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do IOC. O estudo foi dividido em três etapas, incluindo a revisão documental e bibliográfica nas áreas de ensino/educação, saúde e droga, o desenvolvimento e implementação do curso a distância com professores do ensino fundamental e médio, e a análise da percepção dos participantes sobre o conteúdo e metodologia do curso e seus efeitos na proposição de ações educativas sobre o tema na comunidade escolar.

Acervo pessoal

Para Francisco (de vermelho, à frente), a formação de uma rede colaborativa contínua de prevenção ao uso de drogas é uma das maiores contribuições do estudo


O curso realizado online, com uma carga horária de 30 horas semanais, distribuídas em 12 semanas, contou com a participação de professores de escolas públicas. Elaborado a partir da interlocução com a literatura do campo de educação sobre drogas e redução de danos, a capacitação teve como ênfase a aprendizagem colaborativa, que considera as experiências dos participantes nas discussões sobre o assunto. A iniciativa foi estruturada em duas etapas, sendo a primeira dedicada ao debate de questões reais sobre drogas, centrada na redução de danos, e a segunda voltada para a orientação da construção e implementação de atividades sobre educação e drogas nas escolas.

"As entrevistas, os questionários e a observação das interações nos fóruns virtuais revelaram que uma parcela dos professores se apropriou das ferramentas disponíveis no curso para promover situações de aprendizagem em suas escolas. Ao longo do curso, foi notado como os questionamentos e as indagações ofereciam novos olhares aos professores sobre o consumo de drogas e sobre como levar a temática para a sala de aula", avaliou.

O recém-doutor destaca a formação de uma rede colaborativa contínua de prevenção ao uso de drogas como uma das maiores contribuições do estudo. A rede criada a partir da primeira realização do curso, em 2017, continua a conectar voluntários, de licenciandos a pesquisadores e professores de instituições diversas que realizaram ou realizam o curso que já contou com oito edições. "A formação construiu vínculos com cursistas, que se solidarizaram para serem mediadores voluntários. Parte deles passou a desenvolver frequentemente ações educativas sobre drogas em suas unidades de ensino", concluiu.

Reportagem: Lucas Rocha
Edição: Vinicius Ferreira
18/09/2020
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