Interface cérebro-máquina: da pesquisa básica às inovações terapêuticas
Centro de Estudos com o neurobiologista Miguel Nicolelis e plenária final do Fórum de Alunos foram os destaques do último dia da Semana da Pós-graduação do IOC
Dos primeiros estudos em camundongos até a recuperação de movimentos em pessoas paraplégicas. O desenvolvimento das pesquisas sobre interface cérebro-máquina foi apresentado pelo professor de neurobiologia da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, Miguel Nicolelis, na Semana da Pós-graduação Stricto sensu do Instituto Oswaldo Cruz – Edição 2021. Integrada ao Centro de Estudos do IOC e à aula inaugural da disciplina ‘Tópicos em neurociências: pavimentando caminhos e novas conexões’, a palestra, realizada no dia 17 de setembro, foi transmitida pelo canal do IOC no Youtube.O último dia da Semana da Pós-graduação contou ainda com o debate para a elaboração da carta do 13º Fórum de Integração de Alunos do IOC, que reúne as perspectivas dos estudantes de mestrado e doutorado para o aprimoramento do ensino no Instituto. Uma confraternização virtual encerrou o evento, que foi realizado em formato online devido à pandemia de Covid-19. [Confira a cobertura especial]
Avanços da neurobiologia
Um dos pioneiros nas pesquisas sobre interface cérebro-máquina, Nicolelis fez um relato de sua carreira aos estudantes, desde a publicação dos primeiros estudos que transformaram a forma de registro da atividade neuronal até os resultados observados em pacientes que recuperaram movimentos no projeto ‘Andar de Novo’ (Walk Again). Dirigindo-se aos estudantes de pós-graduação, que iniciam a carreira científica, o neurobiologista enfatizou a importância da pesquisa básica realizada no começo de sua carreira para chegar às inovações clínicas.
“A maravilha da nossa careira é que você sabe onde começa, mas não tem a menor ideia de onde vai terminar. Após 40 anos de pesquisas, estou falando da recuperação plástica de pacientes com lesões medulares, parkinsoniano e com outras moléstias neurológicas que, apenas uma geração atrás, eram consideradas incuráveis”, disse Nicolelis.
A abertura da sessão foi realizada pelas coordenadoras do Centro de Estudos do IOC, Marli Lima, chefe do Laboratório de Ecoepidemiologia da Doença de Chagas, e Rafaela Vieira Bruno, chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Insetos, e contou com a participação da diretora do Instituto, Tania Cremonini de Araujo-Jorge. Uma das professoras à frente da disciplina de ‘Tópicos em neurociências: pavimentando caminhos e novas conexões’, a chefe do Laboratório de Biologia das Interações, Joseli Lannes Vieira, também deu boas-vindas aos participantes do evento. A mediação da atividade ficou a cargo dos estudantes Renata Machado Felippe e Ygor Parladore Silva, da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular.
Assista à palestra:
Plenária final
A plenária final do 13º Fórum de Integração de Alunos de Pós-graduação Stricto sensu do IOC discutiu as demandas dos estudantes para a execução, com excelência, de seus projetos de mestrado e doutorado. Entre os temas, foram destacadas questões ligadas à infraestrutura, oferta de disciplinas e apoio aos alunos.
O debate teve participação da diretora do IOC, Tania Cremonini de Araujo-Jorge, e os vice-diretores de Ensino, Informação e Comunicação, Paulo Sérgio D’Andrea e Ademir Martins. Além de responder perguntas dos alunos, os integrantes da diretoria ressaltaram a abertura para diálogo permanente com o corpo discente.
O debate foi conduzido pelos representantes discentes Mayara de Mattos Lacerda de Carvalho, da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular; João Paulo Sales Oliveira Correia, da Pós-graduação em Biodiversidade e Saúde e Samuel Iwao Maia Horita, da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular.
Confira a sessão:
Reportagem: Maíra Menezes
Edição: Vinicius Ferreira
22/09/2021
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