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Cooperação em foco: comitiva percorre instituições em Portugal e Espanha

Ao longo de dez dias, o grupo visitou importantes universidades e centros de pesquisa com o objetivo de ampliar as parcerias internacionais

Entre 19 e 29 de abril, uma comitiva do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) visitou importantes instituições portuguesas e espanholas, entre elas o Instituto de Salud Global (ISGlobal), a Universidade Nova de Lisboa e a Universidade de Aveiro (UA) que abriga a Plataforma Internacional para Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PICTIS), instância estabelecida através de acordo entre a Fiocruz, por meio do IOC, e a Universidade [clique aqui para saber mais]. O objetivo central da missão, que contou com a diretora Tania Araujo-Jorge e a vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Luciana Garzoni, foi ampliar as parcerias internacionais em pesquisa e ensino junto aos países visitados. Representantes da Presidência da Fiocruz – incluindo a presidente Nísia Trindade Lima – e de outras Unidades da Fundação também participaram de parte da agenda de visitas.

Etapa Espanha

A primeira parada da comitiva foi no ISGlobal (Espanha), onde reuniões com os dirigentes (diretor geral e diretores de setores) e visitas a grupos de pesquisa em doença de Chagas, malária, clima e em comunicação e ciência cidadã foram realizadas. A passagem contou também com uma apresentação do plano estratégico da instituição e um encontro com as equipes dos Departamentos de Treinamento e de Análise e Desenvolvimento Global, para especificar um portfólio de iniciativas conjuntas e avaliar a possibilidade de organização de um workshop sobre o modelo de translação do ISGlobal. “Também fomos apresentados a dois grupos importantes de bioengenharia, uma área que o IOC atua e que está sendo extremamente demandada na Europa. Trata-se da bioengenharia tecidual, que consiste em utilizar modelos de células in vitro, bi e tridimensionais, enervados e vascularizados para diferentes bioensaios”, detalhou Tania.

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(1) Parque tecnológico do campus Clínic do Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal). (2) Delegação do IOC durante reunião no Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal) – da esquerda para direita: Joaquim Gascon, Antoni Plasència Taradach, Tania Araujo-Jorge, Luciana Garzoni, Julio Alonso Padilla e Roberto Rodrigues Ferreira. (3) Visita ao campus Mar do ISGlobal.


A diretora comentou, ainda, que um dos resultados positivos da visita foi a parceria estabelecida para o desenvolvimento de um plano de ação com atividades específicas. A iniciativa está articulada em torno das áreas de pesquisa, de ensino e de translação do conhecimento e impacto social. “Esse foi o fruto da nossa visita à Barcelona. Com isso, o acordo geral entre a Fiocruz e o Instituto de Salud Global, assinado há um ano, começa a ganhar robustez a partir do início do desenho do plano de trabalho junto a pesquisadores e dirigentes do instituto hispânico. O passo seguinte é reunir os potenciais grupos do Rio de Janeiro, sobretudo os do IOC, interessados nas linhas de pesquisa prioritárias para a comunidade científica europeia, para desenvolver projetos e ancorá-los na nossa PICTIS, que fica na Universidade de Aveiro, em Portugal”, comentou.

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(1) Delegação do IOC e de Farmanguinhos (José Luis Cordeiro e Jorge Lima de Magalhães) em Lisboa. (2) Tania Araujo-Jorge e José Fragata, vice-reitor da Universidade NOVA de Lisboa, durante visita ao Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) da universidade. (3) Delegação do IOC e de Farmanguinhos com a equipe do IHMT.


Para a vice-diretora Luciana Garzoni, o saldo desta etapa da missão também foi bastante positivo. Segundo ela, as reuniões com as instituições visitadas na Espanha geraram possibilidades de interações concretas, que, futuramente, fortalecerão o eixo de internacionalização da pesquisa, do ensino e da inovação no IOC. “A proposta que levamos é de que os encontros fossem mais reuniões de trabalho do que apenas visitas com perfil diplomático ou de cortesia. Então, sempre saíamos com algum encaminhamento e com pontos de interesses delimitados”, declarou. “Vamos iniciar uma prospecção no Instituto para identificar quais laboratórios têm potencial para contribuir com esse movimento de internacionalização. A ideia é promover o intercâmbio de estudantes, pós-doutores e pesquisadores em projetos nos quais seja possível contar com algum aporte de recurso das instituições parceiras”, completou.

Garzoni chamou atenção ainda para o fato de que todas as instituições visitadas são orientadas pela Agenda 2030, estabelecida pelas Nações Unidas, desde as relacionadas a pesquisas em ambiente, clima e saúde única (One Health), até as que atuam na dimensão mais complexa de biomedicina e da pesquisa biomédica. “A Agenda 2030 é um tópico orientador na Europa. Por isso, é importante reforçar a temática dentro do IOC caso tenhamos a perspectiva de concorrer a editais internacionais, principalmente no âmbito europeu, através da PICTIS. Nossas ações precisam estar alinhadas à perspectiva do desenvolvimento sustentável para 2030”, sinalizou.

Etapa Portugal

A segunda parada da comitiva foi na Universidade de Aveiro (Portugal), mais precisamente na Plataforma Internacional para Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PICTIS). A atividade também teve presença da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, e demais representantes da Fundação. Na visão de Tania Araujo-Jorge, a agenda conjunta com a Presidência da Fiocruz representou um apoio explícito à PICTIS, por meio da assinatura de um adendo que amplia o potencial da Plataforma para outras instituições e Unidades da Fiocruz. “Participamos de uma reunião com dirigentes e pesquisadores da UA, que contou com a presença de cientistas do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz), da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), todos interessados em ter suas estadias de trabalho em Portugal intermediadas pela PICTS”, destacou.

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(1) Fala da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, durante assinatura do adendo ao acordo entre a Universidade de Aveiro e a Fiocruz, que amplia o potencial da PICTIS. (2) e (3) Visita da delegação da Fiocruz ao escritório da PICTIS no PCI/Creative Science Park da Universidade de Aveiro.


Durante a visita a Aveiro, Tania e Luciana assinaram também um termo de participação na Associação PICTIS, entidade sem fins lucrativos estabelecida a partir de parceria com pesquisadores da Universidade de Aveiro e da Fiocruz. “Nossa presença na Associação tem como intuito trazer mais robustez do ponto de vista do corpo cientifico. Afinal, a natureza jurídica dela permite a aplicação de projetos no âmbito português e europeu”, pontuou a vice-diretora de Pesquisa do IOC.

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(1) Visita ao PCI/Creative Science Park da Universidade de Aveiro. (2) Luciana Garzoni e Adriana Costa, pesquisadora do PCI/Creative Science Park. (3) Visita ao Instituto de Biomedicina (IBIMED/UA), com o coordenador Bruno Jesus.


Ainda em Aveiro, a comitiva esteve no Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), no Instituto de Biomedicina, no Centro de Investigação em Biomateriais e Bioprodutos da UA, na Universidade de Lisboa e no Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa. “Em todos esses lugares, os diretores apresentaram, em linhas gerais, o que cada instituição fazia, assim como compartilhávamos as principais atividades do IOC, no intuito de identificar pontos de convergência”, comentou Garzoni.

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(1) Delegação do IOC com a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade. (2) Assinatura da ficha de associação de pesquisadores da PICTIS. (3) Tania e Nísia visitando o IBIMED. (4) Reunião com a presença da delegação do IOC no Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM/UA).


Fizeram parte do roteiro também uma visita ao Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa e um encontro com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), junto ao qual a comitiva se comprometeu a construir uma rede Ibero-americana de ciência cidadã e translação do conhecimento, agenda prioritária para a OEI. “Durante esses dez dias, aprendemos bastante sobre gestão científica e tecnológica e sobre comunicação da ciência como elemento estratégico para o fortalecimento das instituições de pesquisa no âmbito da sociedade”, sintetizou Tania.

Por fim, a comitiva visitou três instituições na cidade do Porto. “Fomos ao Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) e o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiente (CIMAR), que atuam no campo de ‘Saúde e Ambiente’, e ao Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), que possui estrutura e conjunto de atividades bem próximos ao escopo do IOC”, comentou a diretora.

Reportagem: Kadu Cayres
Edição: Raquel Aguiar
03/05/2022
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