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Desenvolvedores de vacina contra Covid-19 visitam instalações do IOC

Especialistas da Universidade de Oxford conheceram o Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto e discutiram projetos em curso sobre o novo coronavírus

Especialistas em vacina da Universidade de Oxford estiveram no Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) na última segunda-feira, 16 de maio, para acompanhar as atividades em torno do novo coronavírus e conhecerem as instalações do Laboratório, que atua como referência sobre o tema junto ao Ministério da Saúde em nível nacional e junto à Organização Mundial da Saúde (OMS) no âmbito das Américas.

A comitiva da instituição britânica veio ao Brasil com o objetivo de ter um contato mais próximo com centros de pesquisa que atuam no enfrentamento do vírus SARS-CoV-2. Participaram da visita Andrew Pollard e Teresa Lambe, dois dos líderes da equipe responsável pelo desenvolvimento da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19; Parvinder Aley e Sarah Kelly, membros do Grupo de Vacinas de Oxford (OVG, na sigla em inglês); Sue Ann Costa Clemens, diretora do Grupo de Vacina Oxford-Brasil; e Isabela Gonzalez, coordenadora na unidade Oxford-Brasil.

Foto: Max Gomes (IOC/Fiocruz)

A virologista Marilda Siqueira (ao centro) detalhou a rotina do Laboratório para a comitiva de Oxford


O percurso foi guiado por Marilda Siqueira, chefe do Laboratório e membro do grupo consultivo técnico da OMS sobre a evolução do coronavírus, acompanhada da pesquisadora Paola Resende. Os visitantes tiveram a oportunidade de observar as diferentes instalações, com destaque para o ambiente onde são realizados os sequenciamentos genômicos, e acompanhar os protocolos adotados em cada etapa da vigilância do SARS-CoV-2.

“A Fundação Oswaldo Cruz possui um histórico de colaboração com a Universidade de Oxford, reforçado mais recentemente com a emergência da Covid-19, que resultou na transferência da tecnologia da vacina Oxford/AstraZeneca para a Fiocruz. O nosso Laboratório, em específico, vem trabalhando com os especialistas de Oxford desde o início da emergência do novo coronavírus, enviando amostras de vírus de diferentes variantes que circularam no Brasil. Um exemplo, é a variante Gama que enviamos amostras logo após a sua detecção em território nacional para que esse grupo pudesse testá-la em relação aos anticorpos induzidos pela vacina”, destacou Marilda.

Após conhecerem os ambientes do Laboratório, a comitiva se reuniu para discutir trabalhos em andamento sobre Covid-19. Estavam presentes a vice-diretora de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas do IOC, Maria de Lourdes Oliveira, e o chefe-substituto do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, Fernando Motta.

Entre os assuntos abordados no encontro, estava o isolamento do SARS-CoV-2, testes de neutralização em ambientes com Nível de Biossegurança 3 (NB3), desenvolvimento de metodologias para verificar uma possível resistência do coronavírus aos antivirais autorizados para uso no Brasil e projetos com foco no meio-ambiente, como a detecção do vírus em animais de vida selvagem e a presença de carga viral em águas residuais. A Rede Genômica Fiocruz também foi um dos destaques da reunião, sendo abordado o desenvolvimento de metodologias mais simples e acessíveis para a detecção de variantes.

“Foi uma visita muito proveitosa. Eles ficaram bastante impressionados com o que o nosso laboratório e a Rede Genômica Fiocruz têm desenvolvido em relação a novos conhecimentos sobre SARS-CoV-2 e, também, contribuíram com algumas ideias bem interessantes para a continuação dos nossos trabalhos”, concluiu a virologista.

Foto: Max Gomes (IOC/Fiocruz)

Comitiva da Universidade de Oxford e integrantes do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC reunidos para debater perspectivas sobre a Covid-19


Enfrentamento à pandemia
Ao longo da emergência em saúde pública provocada pelo SARS-CoV-2, o Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC tem desempenhado papel estratégico. Anteriormente à confirmação da circulação do vírus no Brasil, o Laboratório já havia estabelecido o diagnóstico da infecção no país e capacitou equipes de diversos estados brasileiros, em parceria com o Ministério da Saúde, e de países da América Latina, junto à Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). [Saiba mais].

Há mais de 60 anos, o Laboratório integra também a rede global de vigilância em Influenza junto à OMS, tendo atuado na linha de frente no diagnóstico laboratorial durante os surtos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), em 2002 e 2003, e de Influenza A (H1N1), em 2009, além de ter integrado o esforço de esclarecimento de casos suspeitos de ebola, em 2015, e a preparação para possíveis ocorrências de gripe aviária. [Conheça o Laboratório]

Reportagem: Max Gomes
Edição: Raquel Aguiar
20/05/2022
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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