Publicada em: 14/09/2009 às 15:51 |
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Técnicos da AL reunidos em curso sobre resistência do A. aegypti Técnicos de saúde da Bolívia, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Cuba e Panamá foram recebidos, neste domingo (13/09), pela diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Tania Araújo-Jorge, e pelo coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), Giovanini Coelho, no Rio de Janeiro, durante a abertura do I Curso Internacional de Metodologias de Avaliação de Resistência de Aedes aegypti a Inseticidas.
Gutemberg Brito
Turma do I Curso Internacional de Metodologias de Avaliação de Resistência de Aedes aegypti a Inseticidas O curso é resultado da parceria estabelecida entre a Fiocruz, por meio do IOC, com o Ministério da Saúde (MS) e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) e se propõe a fortalecer a rede latinoamericana de combate ao Aedes aegypti com o uso de práticas que permitem detectar a resistência das populações do mosquito aos inseticidas utilizados. As aulas serão ministradas pela equipe do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores do IOC, referência nacional no monitoramento da resistência do A. aegypti, localizado no Instituto de Biologia do Exército (IBEx). O treinamento inclui aulas práticas e teóricas sobre estratégias de monitoramento e verificação de resistência, biossegurança em insetários e bioensaios.
Denise Valle, coordenadora do laboratório e do curso, percebe a uniformização de protocolos e metodologias como o primeiro passo para criação de uma rede internacional de controle da dengue. “Este curso é um embrião para um projeto maior de reunião das experiências dos países da América Latina contra esta doença que atinge 80 milhões de pessoas no mundo todos os anos”, pontua. Durante a cerimônia de abertura, Tania Araújo-Jorge ressaltou a importância da integração brasileira no combate à dengue, coordenada pelo Ministério por meio do envolvimento de instituições como a Fiocruz, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), a Coordenação Nacional de Saúde do MERCOSUL da Assessoria Internacional (AISA) e o Instituto de Biologia do Exército (IBEx). Giovanini Coelho fez uma palestra sobre a importância da rede internacional de monitoramento de resistência do A. aegypti a inseticidas. Para o coordenador do PNCD, “é importante sensibilizar a comunidade americana do uso racional de inseticidas, pois a dengue é um problema mundial que só pode ser vencido com articulações”. No final do encontro, os alunos apresentaram as estruturas dos laboratórios e os trabalhos de resistência desenvolvidos em seus respectivos países. Dengue em 2009 De acordo com informações do Ministério da Saúde, o último balanço parcial de casos de dengue, divulgado no dia 24/08, apontou redução de 47,9% nas notificações da doença. Em 20 estados e no Distrito Federal houve redução no número de pessoas com dengue. O destaque foi o estado do Rio de Janeiro, com a maior queda (96,2%). Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registraram aumento. De acordo com o boletim, com exceção do Amapá, esses estados mais Minas Gerais e Goiás, concentraram 76,9% das notificações de 2009. Também foi registrada queda (de 80,7%) nos casos graves de dengue, que passaram de 20.229, em 2008, para 3.896, em 2009. O último boletim mostrou, ainda, uma redução de 65,7% nas mortes em decorrência da dengue. De acordo com dados enviados até o início de julho, houve 156 óbitos este ano, enquanto que no mesmo período do ano passado ocorreram 455. Pâmela Pinto 14/09/09 Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz). |
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