Teve início em 29 de março, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o encontro do grupo de trabalho sobre doença de Chagas, leishmaniose e doença do sono do Tropical Disease Research (TDR) - programa especial de pesquisa e capacitação em doenças tropicais da Organização Mundial de Saúde (OMS). Durante a abertura, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, frisou que a instituição está fortemente comprometida com os objetivos do TDR. “O TDR é uma referência para se pensar estratégias de desenvolvimento de pesquisas em tripanossomíases”, afirmou, ressaltando que a Fiocruz vem atuando intensamente para ampliar a cooperação internacional na área.
Gutemberg Brito |
|
Um dos coordenadores do TDR, Ayoude Odula, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, e a vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência, Claude Pirmez, fizeram a abertura do encontro, que vai até quarta-feira, 31 de março |
O Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Penna, que representou o ministro José Gomes Temporão na abertura do encontro, apresentou um panorama geral sobre doença de Chagas e leishmaniose no Brasil e declarou que ainda há muito a ser feito a respeito das doenças negligenciadas no Brasil. “A agenda apresentada pelo TDR é importante para a OMS e prioritária também para o Brasil”, destacou. A expectativa de Marge Tenório, do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, é que o encontro possa definir a prioridades de pesquisa para a área. “Espero que possamos definir uma agenda de pesquisas que auxilie o Brasil e todos os países que sofrem com as patologias que são centro do encontro”, afirmou.
Um dos coordenadores do TDR, Ayoude Odula, apresentou o programa e afirmou que o papel do TDR é fornecer uma plataforma neutra e um marco que permita que o conhecimento seja partilhado pelos participantes para, assim, trazer a questão para a agenda dos tomadores de decisão. Ele destacou a necessidade de protagonismo dos países endêmicos na pesquisa sobre as doenças foco do encontro. “É necessário um empoderamento que desenvolva lideranças dentro dos países endêmicos para que eles possam definir a pauta de prioridades”, disse. Em seguida, pesquisadores apresentaram as necessidades de pesquisa em cada uma das doenças e três grupos de trabalho se formaram para discutir cada doença separadamente.
Gutemberg Brito |
|
Os pesquisadores se dividiram em três grupos para debater, separadamente, as prioridades de pesquisa em cada doença |
Em 30 e 31 de março será realizada a segunda reunião anual do Grupo de Trabalho em doença de Chagas, tripanossomíase africana e leishmaniose. Nestes dois dias cada uma dessas doenças será discutida detalhadamente pelos pesquisadores. Ao final, um documento com todas as prioridades de pesquisa será elaborado.
29/03/10
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).
Instituto Oswaldo Cruz /IOC /FIOCRUZ - Av. Brasil, 4365 - Tel: (21) 2598-4220
| INTRANET IOC| EXPEDIENTE
Manguinhos - Rio de Janeiro - RJ - Brasil CEP: 21040-360