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SEPSE foi tema de fórum internacional no Rio de Janeiro

Cerca de 220 participantes, entre médicos, pesquisadores, enfermeiros, fisioterapeutas e alunos de graduação e pós-graduação, estiveram reunidos, entre os dias 28 e 29 de maio, no VII Fórum Internacional de Sepse, realizado em Búzios (RJ). O evento, que acontece anualmente contou, este ano, com o apoio do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e debateu os avanços e os desafios das pesquisas na área. Síndrome que envolve a resposta inflamatória generalizada do organismo a um processo infeccioso, a SEPSE é a principal causa de morte nas unidades de terapia intensiva (CTI) em todo o mundo.  A iniciativa é promovida pela Sociedade de Terapia Intensiva do Estado do Rio de Janeiro e pelo Latin American Sepsis Institute (ILAS).

O destaque foi a participação do pesquisador norte americano Derek Angus, da Universidade de Pittsburg, que apresentou dados que comprovam o impacto da sepse na diminuição da expectativa de vida e o risco do surgimento de doenças em pacientes que sobrevivem a um episódio de internação no CTI em função da síndrome. “O evento foi um sucesso. Atingimos plenamente a meta de promover a interação entre os diversos grupos de pesquisa básica, clínica, epidemiológica que atuam na área. Além disso, houve também interação com a medicina assistencial, oferecendo uma oportunidade para o médico que trabalha diariamente com pacientes sépticos de se familiarizar com os avanços apresentados”, comemora o pesquisador Hugo Caire, chefe do Laboratório de Imunofarmacologia do IOC e um dos coordenadores do encontro.

Segundo Caire, a participação do IOC no evento contribui para gerar mais conhecimento na área. “Possuímos um dos principais grupos de pesquisa do Brasil em sepse. Portanto, colaboramos com uma parcela significativa do conhecimento produzido no país.  O apoio do IOC consolida o papel de liderança deste grupo e insere o Instituto no contexto de uma das doenças de maior impacto na população, e que ainda é pouco conhecida, mas que gera impacto grande na saúde e qualidade de vida das pessoas”, avalia o pesquisador, ressaltando a importância da síndrome. O número absoluto de mortes por sepse é maior do que o número de mortes por Infarto agudo do miocárdio.
 
Um representante do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde esteve presente no evento para reunir informações sobre avanços e importância deste campo de estudo para o ministério. Uma das idéias debatidas durante o evento foi a formação de uma rede nacional para a realização de uma pesquisa translacional com potencial impacto para o Sistema Único de Saúde (SUS). “Neste aspecto, é importante ressaltar que o doente séptico representa um custo enorme para o SUS e que o retorno, em matéria de sucesso medido em vidas salvas, é considerado não satisfatório, já que as taxas de mortalidade nacionais ficam acima de 50%, bem mais altas do que em paises da Europa, nos Estados Unidos e na Austrália, por exemplo”, finaliza Hugo Caire.

 

Renata Fontoura

31/05/2010

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)


 

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