Publicada em: 16/06/2010 às 22:30 |
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Desafios em pesquisa e inovação A última mesa redonda do I Simpósio de Pesquisa e Inovação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em 11/06, apontou os desafios em pesquisa e inovação tecnológica. A programação incluiu apresentações da pesquisadora de Farmanguinhos, Sandra Aurora Perez, do diretor executivo da Agência de Inovação da Unicamp (Inova), Roberto Alencar Lotufo, e da coordenadora da Coordenação de Gestão Tecnológica da Fiocruz (Gestec/Fiocruz), Celeste Emerick. Sandra substituiu o pesquisador do IOC, Wim Degrave, na apresentação sobre o Programa Integrado de Desenvolvimento Tecnológico em Insumos para Saúde (PDTIS).
Gutemberg Brito
Desafios em pesquisa e inovação tecnológica em pauta na última mesa redonda do simpósio Sandra parabenizou o IOC pela iniciativa, destacando a importância do simpósio para a Fiocruz. Ela apresentou um histórico e a missão do programa, que tem como objetivos a indução, fomento e articulação do desenvolvimento tecnológico para a geração de produtos que tenha impacto na saúde pública. A pesquisadora apresentou a Rede de Plataformas do PDTIS e falou sobre os parâmetros utilizados na avaliação dos projetos e a estratégia de captação de parceiros.
O diretor executivo da Agência de Inovação da Universidade Estadual de Campinas (Inova/Unicamp), Roberto de Alencar Lotufo, detalhou o papel da agência e destacou desafios na área de inovação. Lotufo afirmou que gerir a política de inovação de uma instituição não é simples e ressaltou que a experiência da área de inovação em uma universidade não é a mesma que ocorre em um instituto de pesquisa. “A experiência no ambiente universitário tem foco mais amplo”, disse, destacando a importância dos Núcleos de Inovação Tecnológicas (NIT). “Os NITs aumentam a possibilidade de fazer com que resultados de pesquisa sejam usados pela sociedade”, completou.
Para encarar os desafios da área de pesquisa e inovação tecnológica, o diretor da Inova sugeriu, entre outras ações, a criação de fundos de prova de conceito (mais comum na expressão em inglês proof of concept funding). Estes fundos seriam utilizados no financiamento da etapa que, comumente, não tem apoio nem das instituições de pesquisa ou de fomento e nem de empresas. Assim, segundo ele, a fase conhecida como “vale da morte” – distanciamento entre as pesquisas de bancada e as empresas – poderia ser executada, dando condições para a inovação.
Celeste falou sobre o processo de institucionalização da Gestec, que tem como atribuições assessorar a Fiocruz sobre a proteção do patrimônio científico e tecnológico da instituição e a comercialização de resultados obtidos por suas atividades. De acordo com ela, instituições que geram conhecimentos em ciência e tecnologia devem se organizar para difundí-lo. Encerramento No fechamento do evento, a vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Mariza Morgado, fez um balanço do simpósio, lembrando que o evento contou com temas variados. “Foi um primeiro exercício, muito rico e válido para todos nós”, ressaltou. Mariza Morgado citou frases de conferencistas e participantes das mesas, destacando pontos importantes do simpósio. “O evento cumpriu seus objetivos. O próximo poderá ser redesenhado para absorver outras áreas”, concluiu. Foi proposta, ainda a criação de um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em ciência, saúde e desenvolvimento local que tivesse como foco algumas áreas e pudesse ter a participação de pesquisadores com bolsas “inter-unidades”, para que se possa unir experiências e plataformas. “Este simpósio serviu para incrementar de forma intensa a discussão da pesquisa no IOC”, declarou a diretora do Instituto, Tania Araújo-Jorge. Segundo ela, um evento sobre o tema, com algumas possíveis modificações de formato, deverá ser incluído no calendário anual do IOC. Marina Schneider 16/06/10 Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz). |
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