Publicada em: 08/10/2010 às 14:24 |
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Estratégias de combate à esquistossomose marcam último dia de Simpósio Acompanhe o Especial 12º Simpósio Internacional sobre Esquistossomose Os debates do último dia do 12º Simpósio de Esquistossomose foram mediados por Sara Lustigman, do Lindsley F. Kimball Research Institute, dos Estados Unidos, e contaram com a participação do representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) e pesquisador do programa TDR, destinado a doenças tropicais, Arve Lee Willingham, que discutiu estratégias globais para o controle da esquistossomose e outras helmintoses.
Gutemberg Brito
O representante, Arve Lee Willingham, anunciou a publicação de um relatório global sobre doenças infecciosas da pobreza em 2011 No evento, foi anunciado que a OMS lançará em junho de 2011 um relatório global de doenças infecciosas da pobreza -- incluindo malária, doença de Chagas, dengue, infecções helmínticas, doenças protozoárias e bacterianas, entre outras. [Para outras informações do TDR sobre as Doenças Infecciosas da Pobreza, visite o site http://www.tropika.net/] Mesas redondas Durante as mesas redondas, foram destacados os principais desafios e prioridades de pesquisa para esquistossomose e outras helmintoses. O palestrante de Acra, capital de Gana, pesquisador Boakye Boatin, que é representante do Grupo de Referência em Infecções Helmínticas do TDR, traçou um esboço geral sobre o assunto e os impactos da pesquisa, que incluem esforços de prospecção de vacinas anti-helmínticas.
Zaida Yadon, representante da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), destacou a necessidade de pesquisa e controle da esquistossomose e outras helmintoses nas Américas. Ela disse que há a necessidade de intensificar e fazer um maior investimento em iniciativas de pesquisa, além de uma integração maior com todos os países latinoamericanos e caribenhos. “Todos os países latinos possuem informações sobre helmintoses, mas alguns dados estão defasados. Estamos tentando resgatar dados com os governos, ONG’s e buscando artigos científicos”, frisou. Mapeamento da esquistossomose no Brasil O pesquisador da Fiocruz-Minas Naftale Katz coordena o 'Inquérito Nacional de Prevalência de Esquistossomose mansoni e das Geo-Helmintoses', um estudo que inicia em outubro deste ano, em Pernambuco e Minas Gerais e, depois, se estenderá até 2012, para todos os estados da Federação. O objetivo é conhecer a atual prevalência da esquistossomose no Brasil. As áreas foram divididas entre municípios com mais e menos de 500 mil habitantes, além de áreas não-endêmicas. Aproximadamente R$ 3,5 milhões estão sendo destinados para o programa pelo Ministério da Saúde. Serão examinadas, além de adultos, 222.474 crianças em 542 municípios brasileiros. O controle de qualidade do diagnóstico será realizado pelos Laboratórios de Referência da Fiocruz em 10% das amostras e o tratamento dos casos positivos será efetuado na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), nos postos de saúde das cidades atingidas. Premiação encerra evento No encerramento do evento, os melhores trabalhos científicos da área foram premiados. Divididos nas categorias Melhor Tema Livre, Melhor Pôster, Melhor Dissertação de Mestrado e Melhor Tese de Doutorado, jovens cientistas de Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro foram contemplados. Aline Favre Galvão, do Laboratório de Ecoepidemiologia e Controle de Esquistossomose e outras Geo-Helmintoses do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), recebeu menção honrosa pela dissertação defendida no mestrado do Programa de Pós-graduação em Biologia Parasitária do IOC. João Paulo Soldati 08/10/2010 Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz) |
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