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O LABORATÓRIO

O Laboratório de Bioquímica de Tripanossomatídeos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz)  mantém linhas de pesquisa integradas, que associam aspectos biológicos e bioquímicos dos parasitos Leishmania spp. e Trypanosoma cruzi, visando ao desenvolvimento de novos quimioterápicos para as leishmanioses e a doença de Chagas. Investiga as vias metabólicas de novos compostos sintéticos, semi-sintéticos e naturais com potencial atividade contra tripanossomatídeos, que apresentem menor toxicidade que as drogas atualmente disponíveis.

Os estudos incluem avaliações in vitro e in vivo da atividade e toxicidade de novos compostos. Dentre os produtos investigados, destacam-se amidinas, tiossemicarbazonas e semicarbazonas; pirazólicos (piridina e carbohidrazina e benzenossulfonamidas); mesoiônicos (tiadiazólicos e sidnonas); e quinolinas (8-cloro e 8-fluor ciano quinolinas) – bioisósteros que contêm em suas estruturas conhecidos grupos farmacofóricos. Os compostos 1,2,3 triazóis e as acil hidrazonas também estão sendo investigados quanto aos seus potenciais efeitos tripanocidas.

O mecanismo de ação das drogas é estudado do ponto de vista bioquímico, envolvendo as vias metabólicas essenciais e os sistemas de defesa dos parasitos. Em Leishmania amazonensis, os pesquisadores investigam o sistema redox envolvendo Tripanotiona/Tripanotiona Redutase, o metabolismo da L-arginina e dos lipídeos e a potencial resistência do parasito às semicarbazonas e tiossemicabazonas.

O grupo também avalia, in vitro e in vivo, o sistema de modulação arginase/NOS de Leishmania amazonensis e Trypanosoma cruzi, em cultura de células e durante o curso da infecção, frente a derivados com potencial atividade tripanomicida. Também são observadas a atividade e a relação das enzimas NOS e arginase no sistema monócito/macrófago e a capacidade de produção de NO por estas espécies.

Os pesquisadores investigam a atividade tripanocida de compostos derivados de tiossemicarbazonas e semicarbazonas, além do possível potencial inibitório dos mesmos contra a cruzipaína – uma glicoproteína pertencente à superfamília das papaínas, expressa como uma mistura de isoformas nos diferentes estágios de desenvolvimento de todas as cepas de T. cruzi. A inibição da glicoproteína poderá ser utilizada como estratégia para a interrupção do desenvolvimento parasitário.

O Laboratório investe, ainda, na formação de recursos humanos nos níveis de iniciação científica, mestrado e doutorado. O grupo é responsável pela disciplina de “Bioquímica de Tripanossomatídeos” oferecida em programas de pós-graduação Strictu sensu do IOC.


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