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O LABORATÓRIO

O Laboratório de Desenvolvimento Tecnológico em Virologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) desenvolve e aplica novas metodologias em diagnóstico, epidemiologia e patogênese das hepatites virais, com ênfase na pesquisa dos vírus das hepatites A e E (HAV e HEV, respectivamente), ambos de transmissão entérica.

Suas principais linhas de pesquisa estão relacionadas ao desenvolvimento tecnológico de reativos e conjuntos para diagnóstico das hepatites virais, ao desenvolvimento e aplicação de métodos laboratoriais para vigilância epidemiológica e ambiental dos vírus de hepatite de transmissão entérica e aos estudos soroepidemiológicos e de biologia molecular dos vírus das hepatites A e E. Estudos sobre modelos experimentais para investigação da patogênese das hepatites e de outras infecções virais, além de testes pré-clínicos de vacinas e de drogas antivirais também são realizados.

Um dos pioneiros no desenvolvimento de pesquisas sobre o vírus da hepatite A no Brasil, tendo conduzido e apoiado trabalhos relevantes sobre a doença nas últimas duas décadas, o Laboratório de Desenvolvimento Tecnológico em Virologia do IOC integra esforços para o desenvolvimento de uma vacina brasileira contra o vírus, sendo responsável pelo mapeamento da soroprevalência dos vírus circulantes em diferentes populações das regiões do Brasil.

O Laboratório investiga a ocorrência do vírus da hepatite E no Brasil, por meio da análise de amostras clínicas (de origem humana e animal): o HEV é investigado em casos agudos classificados como hepatite aguda sem etiologia conhecida (hepatite NANBNC). Pelo fato de existir fortes evidências do HEV ser uma zoonose, o laboratório também pesquisa a prevalência e incidência desta virose em suínos para consumo humano. Em relação ao meio ambiente, o laboratório estuda vírus entéricos em resíduos sólidos (lodo), obtidas em estações de tratamento de água e de esgoto e em sedimentos de lagoas, rios e efluentes de suinoculturas/abatedouros.

Outro importante foco de ação consiste na busca de uma solução alternativa para o atual processo de obtenção do anticorpo IgG anti-HAV (utilizado em testes de diagnóstico da doença), que até o momento é obtido a partir de soro imune convalescente. Propõe-se o uso do IgY anti-HAV, obtido a partir de ovos de frangas de postura imunizadas. A avaliação deste anticorpo como insumo vem sendo realizada em testes de detecção de anticorpos (em soro e saliva) e do antígeno HAV em tecido hepático de primatas não humanos desafiados com o vírus da hepatite A.

O Laboratório atua na investigação de drogas com potencial antiviral, incluindo produtos orgânicos fosforados e produtos naturais avaliados na infecção in vitro. Os estudos para o desenvolvimento de novas terapias antivirais incluem a síntese de RNA de interferência (RNAi) e drogas naturais para inibir a replicação do HAV e HSV-1 (Herpes simplex), para monitoramento do processo replicativo do vírus in vitro e in vivo.

Em outra linha de pesquisa, são investigados métodos alternativos para coleta de amostras clínicas para diagnóstico das hepatites virais, como saliva e sangue capilar – estratégias promissoras, sobretudo no contexto de surtos epidêmicos envolvendo crianças e adolescentes em idade escolar.


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