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O LABORATÓRIO

O Laboratório de Imunologia Viral do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) realiza pesquisa, desenvolvimento tecnológico, inovação e formação de recursos humanos na área de doenças virais. Os estudos são focados em dengue e visam principalmente à identificação de marcadores de gravidade da doença e ao desenvolvimento de potenciais imunoterápicos. Além de ampliar o entendimento sobre a imunopatologia da infecção pelo vírus da dengue, seus pesquisadores dedicam-se à determinação de marcadores de gravidade durante a infecção, com o objetivo de introduzir novos ensaios de diagnóstico precognitivo de gravidade e identificar vias metabólicas que possam servir de alvos para o uso de imunoterápicos.

Para identificar os mecanismos celulares importantes na proteção inata à infecção viral envolvidos na ativação de monócitos, células dendríticas e endoteliais, os pesquisadores estudam a interação entre o vírus da dengue e os diferentes tipos celulares. O objetivo é determinar as vias de ativação da resposta imunopatológica e de proteção da infecção viral. Análises por técnicas de citometria de fluxo e ELISA  são aplicadas para avaliação da carga viral em células-alvo infectadas (monócitos e células dendríticas oriundas de doadores saudáveis) pela detecção de taxas de células infectadas ou pela quantificação de proteína viral secretada (NS1). A citometria de fluxo também é aplicada para determinar a modulação de receptores de superfície, fatores de transcrição e de transdução de sinal e de suscetibilidade e regulação da apoptose, além da detecção de fatores de coagulação, tanto em infecções experimentais (em culturas celulares) quanto em células originadas de pacientes.

Os pesquisadores avaliam a cinética de produção de moléculas inflamatórias e anti-inflamatórias solúveis/circulantes, produzidas por monócitos e células dendríticas infectados in vitro e em soros de pacientes, com o objetivo de identificar moléculas potencialmente envolvidas na gravidade da infecção pelo vírus da dengue.

Na busca de um tratamento farmacológico para a dengue, o Laboratório investe no estudo de imunomoduladores e na determinação de vias metabólicas, que se configurem como alvos para o uso de imunoterápicos. Neste sentido, os pesquisadores investigam fitoterápicos originários de plantas com propriedades imunomoduladoras como a Uncaria tomentosa, amplamente utilizada na medicina popular da Amazônia, que apresenta ação imunomoduladora in vitro. O estudo de inibição das vias de ativação/sinalização através de intervenções com fitoterápicos é realizado in vitro, com o uso de co-cultivo de monócitos e células endoteliais, e propõe a identificação das vias que contribuem para a indução da permeabilidade endotelial e os quadros de hipotensão e choque, comuns em pacientes graves.

A equipe do Laboratório também está envolvida no mapeamento de epítopos virais reativos, específicos aos linfócitos T CD4 e CD8, capazes de induzir a resposta protetora à dengue, e na identificação de outros epítopos envolvidos na resposta inflamatória, que levem à determinação das respostas patológica e protetora. Para isso, é feita a avaliação do estado de diferenciação e da funcionalidade das células T isoladas do sangue periférico de pacientes infectados pelo vírus da dengue na fase aguda e na convalescença. Linfócitos T CD4 obtidos de pacientes com dengue são avaliados através de marcadores fenotípicos que caracterizam a apresentação antigênica eficiente e receptores de citocina e quimiocinas. Já os linfócitos T CD8 são avaliados em relação à função inflamatória ou citotóxica frente à estimulação antigênica específica in vitro.


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