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O LABORATÓRIO

O Laboratório de Patologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) realiza pesquisa, desenvolvimento tecnológico, inovação e formação de recursos humanos nas áreas de patologia, imunopatologia e patogenia de doenças infecciosas e parasitárias e em morfobiologia de órgãos linfo-hematopoéticos, esta com enfoque ontogenético e filogenético.

As atividades de pesquisa estão centradas no estudo da patologia de diferentes doenças infecciosas e parasitárias, sobretudo esquistossomose e angiostrongilíase, em material experimental e humano. O estudo da esquistossomose aborda desde aspectos morfológicos de todas as fases do ciclo biológico do Schistosoma mansoni até a histopatologia da doença em modelos experimentais murinos. Os pesquisadores investigam em especial a hematopoese extramedular na reação granulomatosa hepática e buscam esclarecer os mecanismos de fibrose associados à doença. Acerca da angiostrongilíase, são realizados estudos sobre a morfologia do Angiostrongylus costaricensis, bem como sobre a patologia gerada por este nematóide em modelos invertebrados (moluscos) e vertebrados (roedores). A abordagem inclui a caracterização proteômica de diferentes fases evolutivas do nematóide, a definição dos mecanismos de fibrose portal e a avaliação do potencial arteriosclerótico da infecção em cricetídeos Sigmodon hispidus. Recentemente descrito no Brasil, o parasito Angiostrongylus cantonensis, agente etiológico da meningite eosinofílica, também é alvo de estudos. Os pesquisadores avaliam as lesões histopatológicas encontradas em camundongos infectados experimentalmente pelo helminto a partir do sucesso da manutenção do ciclo da infecção em laboratório. Em colaborações científicas, também são investigadas outras doenças, em especial: paracoccidioidomicose, criptococose e tripanossomíase experimental.

Paralelamente, os pesquisadores investigam a fisiologia do Sistema Linfo-Hematopoético (SLH) e estudam em especial a sua ontogenia, enfocando o surgimento, migração e estabelecimento das células com potencial hematopoético durante o desenvolvimento embriológico humano e de diferentes modelos experimentais (camundongos, aves e anfíbios). No caso de mamíferos, também são consideradas as alterações do SLH do organismo materno durante a gestação. Os pesquisadores investigam, ainda, o impacto da radiação ionizante sobre a hematopoese medular e os mecanismos de reconhecimento de células hematopoéticas imaturas pelo endotélio da medula óssea em procedimentos de transplante experimental, enfocando a fisiologia do nomadismo hematopoético.

O Laboratório também atua no desenvolvimento de procedimentos histotecnológicos, principalmente aqueles voltados para microscopia confocal a laser. Nesse sentido, investiga a aplicabilidade de corantes histológicos como marcadores fluorescentes seletivos para elementos teciduais, além de testar a modificação de protocolos já existentes. Os pesquisadores buscam ainda desenvolver protocolos de fixação que modifiquem o mínimo possível a estrutura tridimensional dos tecidos, bem como sua composição molecular, facilitando a revelação de antígenos por técnicas de imunohistologia. Da mesma forma, estes vêm investindo em procedimentos de recuperação de ácidos nucléicos a partir de material fixado em formalina e incluído em parafina, submetido ou não à microdissecção a laser, para posterior análise em técnicas de patologia molecular.

Como componente do Ministério da Saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS), o Laboratório colabora em investigações diagnósticas e presta serviços à comunidade científica nas áreas de histotecnologia e microscopia, por meio de atendimento e consultoria técnico-científica – com destaque para a plataforma de microscopia confocal a laser.

O Laboratório é responsável pela curadoria da Coleção de Febre Amarela do IOC, que reúne cerca de 500 mil amostras de fígado coletadas durante as décadas de 1930 e 1970, caracterizando-se como uma das maiores coleções de referência histopatológica de fígado do mundo. Dentre as pesquisas realizadas com este acervo, destaca-se o emprego e desenvolvimento de métodos moleculares para estudo retrospectivo de casos de diagnóstico inconclusivo. Dedicado à preservação do patrimônio histórico da patologia brasileira, também coordena a Coleção da Secção de Anatomia Patológica, que reúne peças anatômicas resultantes do trabalho de grandes personalidades da ciência nacional, que ajudam a contar o início da história da Patologia (1903) e o seu desenvolvimento até a década de 1970. Estes dois acervos, juntamente com uma terceira Coleção Histopatológica, que hoje monta a cerca de 15 mil casos que se referem ao material gerado pelas pesquisas do Laboratório com modelos experimentais desde a instituição da estrutura Departamental no IOC, em 1984, constituem o Museu da Patologia. Este é coordenado pelo Laboratório e fundamentado na noção de pentagrama de vertentes: Patrimônio, Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico, Ensino e Divulgação Científica.


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