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O LABORATÓRIO

O Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) dedica-se ao estudo de bactérias desencadeadoras de infecções associadas aos serviços de saúde, com o objetivo de identificar seus mecanismos de resistência a medicamentos antimicrobianos e monitorar a emergência e a disseminação de bactérias multirresistentes. São analisadas bactérias oriundas de amostras de pacientes, ambiente e esgoto hospitalar. Além disso, são realizados isolamentos de bactérias a partir de coleções d´água ou outras fontes a fim de se pesquisar a disseminação destes micro-organismos e de se avaliar possíveis reservatórios de resistência fora do ambiente hospitalar. Suas linhas de pesquisa também envolvem esforços no sentido de desenvolver kits para o diagnóstico e detecção de genes associados à resistência de bactérias aos antibióticos. O Laboratório atua como Centro Colaborador da Rede de Resistência Microbiana Hospitalar (Rede RM).  

O estudo molecular dos mecanismos de resistência aos medicamentos antimicrobianos investiga diferentes espécies bacterianas envolvidas em processos de infecção hospitalar, como Pseudomonas aeruginosa; Acinetobacter baumanii; Stenotrophomonas maltophilia; outros bacilos Gram-negativos não fermentadores; Klebsiella pneumoniae; Enterobacter spp.; Escherichia coli; e outras enterobactérias. Para detectar os mecanismos de resistência, são aplicadas técnicas fenotípicas e moleculares, como PCR, hibridização e sequenciamento.

As técnicas moleculares são aplicadas também na caracterização de elementos genéticos móveis destes micro-organismos. PCR, sequenciamento, hibridização, caracterização de perfil plasmidial e transferência de genes através de conjugação e transformação são algumas das técnicas empregadas pelos pesquisadores para investigar a mobilização dos genes de resistência.

Para monitorar a emergência e a disseminação de bactérias multiresistentes, os pesquisadores desenvolvem estudos epidemiológicos, visando o estabelecimento de parâmetros para análise de similaridade entre as amostras. Com isto, é possível caracterizar surtos de infecções, avaliar possíveis fontes de transmissão e aquisição dos patógenos e determinar a prevalência de grupos clonais dentro de uma população bacteriana. A determinação de genótipos de resistência é fundamental para elucidar os mecanismos de disseminação destes micro-organismos e compreender as origens do processo de resistência.

Nos estudos de taxonomia e filogenia de bactérias de origem hospitalar, os pesquisadores empregam a taxonomia polifásica – sobretudo na identificação de bacilos Gram-negativos não fermentadores, cuja identificação em laboratório clínico é frequentemente incompleta e insatisfatória. A identificação destas bactérias em nível de espécie é necessária para o direcionamento da conduta clínica do paciente e, por isso, os pesquisadores buscam métodos alternativos para o estudo epidemiológico e filogenético destas estirpes. O objetivo é definir técnicas fenotípicas e moleculares e metodologias  rápidas, acuradas e com menor custo para identificação e certificação de Bacilos Gram-negativos não fermentadores.

As superficies, o ar e o esgoto hospitalar também são alvos de estudos objetivando investigá-los como fontes e vias de no que se refere à disseminação de genes de resistência bacteriana de bactérias. No caso do esgoto, objetiva-se identificar a presença destes micro-organismos nos efluentes hospitalares e verificar a eficiência de sistemas de tratamento, de modo a reduzir ou até mesmo eliminar estes agentes potencialmente patogênicos dos corpos hídricos. A mesma atenção é dispensada à distribuição de bactérias multirresistentes em outras superficies dos ambientes hospitalares e serviços de saude, incluindo homecare.

Centro Colaborador da Rede de Resistência Microbiana Hospitalar (Rede RM) da Secretaria de Vigilância em Saúde, o Laboratório atua nos seguintes atividades: Monitoramento para detecção de novos mecanismos de resistência; identificação por métodos clássicos e pelo método de PCR para o gen de 16SRNA e sequenciamento; caracterização fenotípica de mecanismos de resistência: ESBL, MBL, Carbapenemases, ampC cromossomal, ampC plasmídica, resistência para vancomicin; caracterização genotípica de mecanismos de resistência (PCR) blaTEM, blaSHV , blaOXA,blaCTX-M, blaSPM , blaIMP, blaVIM, blaKPC , vanA e vanB;  e caracterização genotípica das cepas encaminhadas pelo método de PFGE para esclarecimento de surtos; além de preservação dos isolados encaminhados em Nitrogênio Líquido (-180°C).

Na área de pesquisa clínica o LAPIH realiza pesquisa em protocolos clínicos para desenvolvimento de padrões de uso de novos antimicrobianos.


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