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O LABORATÓRIO
O Laboratório de Simulídeos e Oncocercose, fundado em 1976, dedica-se principalmente aos estudos entomológicos e epidemiológicos sobre Simulídeos e agravos relacionados, bem como a prestação de serviços de referência e de coleção biológica.
Suas linhas de pesquisa geram conhecimento sobre a bioecologia, biodiversidade e importância médica do inseto, avaliando aspectos de sua taxonomia, morfologia, controle, biologia e ecologia. Esta temática abrange os serviços da Coleção de Simulídeos do IOC - CSIOC, uma das coleções biológicas de maior representatividade para Simuliidae do mundo, com um acervo catalogado superior a 20 mil lotes, que promove a conservação ex situ da biodiversidade, com registros de exemplares provenientes dos principais biomas brasileiros.
No desenvolvimento de pesquisas sobre o Simuliidae vetor e os agentes etiológicos da Oncocercose e Mansonelose, abrangendo os aspectos biológicos, parasitológicos, imunológicos, genéticos e clínico-epidemiológicos de áreas endêmicas para Simulídeos, o LSO atua na área de vigilância epidemiológica, no mapeamento de regiões potencialmente sob risco das doenças causadas pelos Simulídeos, na avaliação de ações de controle e na realização do monitoramento ambiental da fauna de simulídeos em áreas impactadas pela construção de grandes empreendimentos, como as usinas hidrelétricas. Esta temática abrange o Laboratório de Referência Nacional em Simulídeos, Oncocercose e Mansonelose junto ao Ministério da Saúde, órgãos a ele relacionados e a outras instituições públicas e privadas.
A equipe do Laboratório possui ampla experiência em trabalhos de campo na área de inventário entomológico, vigilância epidemiológica e ambiental, tanto no monitoramento das áreas endêmicas para a Oncocercose e Mansonelose, quanto no mapeamento das áreas com potencialidades para os agravos causados pelos Simulídeos no país.
Em parceria com diversas instituições nacionais e estrangeiras, desenvolve linhas de pesquisa sobre a taxonomia, sistemática, biologia e ecologia dos Simulídeos (borrachudos/piuns), gerando importante conhecimento científico para diversas áreas. Entre seus projetos, dedica-se a estudos sobre a taxonomia, a sistemática e curadoria de Simuliidae. Além disso, atua no desenvolvimento de ferramentas para diagnóstico parasitológico, molecular e imunológico de agentes etiológicos e das doenças associadas as áreas endêmicas para Simulídeos. Participa ativamente na formação de recursos humanos, atuando em programas institucionais de ensino do IOC/Fiocruz e de instituições externas.
O Laboratório atua, ainda, no monitoramento de Simulídeos em áreas afetadas pela implantação de grandes empreendimentos com impacto ambiental, como usinas hidrelétricas, que levam a mudanças nos ambientes lóticos. Nestes estudos, o Laboratório tem atuado em parceria com os governos locais e com as empresas responsáveis pelos empreendimentos. Projetos desse tipo foram realizados, por exemplo, na Bacia do Rio Tocantins (Usinas de Serra da Mesa, Peixe Angical e São Salvador) e na Bacia do Rio Paraíba (Aproveitamento Hidroelétrico de Simplício). A iniciativa estuda diversidade, sazonalidade e dinâmica populacional dos Simulídeos em regiões de construção de hidrelétricas.
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