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O LABORATÓRIO

O Laboratório de Ultraestrutura Celular do Instituto Oswaldo Cruz (LUC/IOC/Fiocruz) desenvolve estudos in vitro e in vivo sobre a biologia celular e molecular de agentes infecciosos, com ênfase em doença de Chagas e leishmanioses. Os pesquisadores investigam os mecanismos básicos de fisiologia, fisiopatologia e imunologia destas infecções e buscam novos alvos terapêuticos para o tratamento dos agravos.

O estudo de aspectos biológicos e moleculares envolvidos na patogênese da doença de Chagas é realizado a partir de modelo de cultivo bidimensional e tridimensional de cardiomiócitos, que permite a análise da biologia da interação do Trypanosoma cruzi com a célula alvo da infecção. Os estudos enfocam a identificação de moléculas envolvidas no reconhecimento celular e mecanismos que regulam a entrada do T. cruzi em miócitos cardíacos. Uma combinação de abordagens bioquímicas, moleculares e celulares são empregadas para identificar vias de sinalização utilizadas como estratégia de invasão e ainda, processos biológicos que regulam o desenvolvimento intracelular do T. cruzi.

Além do modelo de cultivo de células cardíacas (Cultivo 2D e 3D), fibroblastos cardíacos, mioblastos esqueléticos  e ensaios de infecção experimental no modelo murino, têm sido aplicados para o entendimento dos mecanismos envolvidos na gênese da cardiopatia chagásica com ênfase nos mecanismos envolvidos na fibrose e regulação da matriz extracelular, sistemas de sinalização celular (ex: Ca2+) e caveolas, organização de proteínas de citoesqueleto e junções celulares e, mais recentemente, proteínas envolvidas no crescimento vascular (angiogênese). Ainda, o modelo de cultivo 3D de células cardíacas tem permitido entender aspectos importantes do desenvolvimento da microcirculação coronariana e dos mecanismos da regeneração tecidual cardíaca pós terapia celular através do co-cultivo com células endoteliais e células-tronco mesenquimais. Além disso, o modelo de cultivo de hepatócito é aplicado em estudos de toxicidade e interação com agentes infecciosos, revelando alvos que podem resultar no desenvolvimento de novos quimioterápicos.

Outra abordagem de investigação enfoca o desenvolvimento racional de fármacos contra a doença de Chagas, utilizando a triagem de potenciais compostos terapêuticos baseada em alvos moleculares do T. cruzi já validados, incluindo a C14αlanosterol demetilase (CYP51), enzima essencial na via de biossíntese de ergosterol do parasito. Em colaboração com a Universidade da Califórnia, São Francisco, pequenas moléculas sintetizadas e otimizadas com base em dados de cristalografia de raio-X são submetidas à validação cruzada da sua atividade em modelos de interação Trypanosoma cruzi- célula hospedeira e no tratamento da infecção experimental do T. cruzi em camundongos. O Laboratório também investiga o possível efeito de agentes quimioterápicos sobre a recuperação do tecido cardíaco infectado pelo T. cruzi in vitro e in vivo.

O LUC desenvolve pesquisa sobre possíveis alterações na expressão protéica como sendo o fator determinante da resistência ao tratamento com Benznidazol (BZ) no cão, por meio de estudo comparativo em reisolados de T. cruzi sensíveis e resistentes ao BZ. A dissecção da expressão protéica nestes reisolados de T. cruzi de cão na fase crônica da doença, com a finalidade de expor provável(eis) proteína(s) que teve (tiveram) sua expressão alterada por influência de fatores os mais diversos, certamente permitirá contribuir com uma parcela significativa na compreensão das bases moleculares do complexo fenômeno de resistência à droga observado neste parasito.

Os projetos de pesquisa contam com a parceria dos laboratórios do IOC e outros institutos de pesquisa e ensino nacionais e internacionais, incluindo a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Instituto Carlos Chagas (ICC-PR), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Instituto René Rachou (Fiocruz-Minas), Universidade da Califórnia, São Francisco (EUA), e Universidade Del Rosario (Colômbia). Atualmente, os pesquisadores do LUC são membros integrantes da Comissão de Pós-graduação Stricto sensu e da Coordenação do Programa Integrado em Doença de Chagas (PIDC/Fiocruz).

 


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