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Rádio Sociedade

Queridos vovôs

As cartas dos ouvintes mirins da Rádio Sociedade estão entre os mais interessantes documentos do acervo da emissora. Um exemplo notável é esta missiva de Rosalina de Carvalho, aluna da Escola Padre Manuel da Nóbrega e moradora da Estação de Olaria, aos "queridos vovôs", cumprimentando-os pelas esplêndidas transmissões que tem ouvido "pello apparelho de galena que papai fez".

Rosalina diz que gostaria de ir à rádio, mas alega que seu pai disse que só os associados podem ir até a Rádio. (Roquette, atento, sublinhou esta frase com seu lápis azul, possivelmente para responder e desfazer o mal-entendido, pois a RS não restringia a participação apenas aos sócios – como garante o convite que era publicado na revista Rádio).

Uma das apresentadoras que mais recebia cartas dos ouvintes era a Tia Joanna. Neste exemplo, o "amiguinho, ouvinte e apreciador" Edmundo, morador de Niterói, indaga pelo resultado de um concurso geográfico proposto pelo "vovô".

A pequena Lucy, por sua vez, também de Niterói, escreve em um belo papel de carta para dizer que apreciou a história de Narizinho Arrebitado, ouvida na véspera, e lamenta a curta duração do quarto de hora infantil.

Já Hilda, outra "sobrinha radiophonica" de Tia Joanna, escreve para responder uma pergunta feita no ar: o homem aprendeu a falar com o papagaio ou foi o contrário? A ave aprendeu com o homem, defende a pequena, porque "repete tudo quanto se diz".

A ouvinte mirim Maria José, também de Niterói, promete visitar o estúdio da RS quando seus pais a levassem ao Rio. Ela termina sua carta com efusivas saudações: "Viva à Tia Joanna, que tanto concorre para o progresso do ensino pratiotico".

Mas nem todos reagiram com admiração às histórias da Tia Joanna. Esta carta, de uma criança que escreve em nome de um grupo, lamenta as "blasphemias contra os Sacramentos da Igreja Catholica" contidas em um conto de Monteiro Lobato lido no ar por Tia Joanna – muito elogiada na missiva, apesar do episódio.

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