O acidente do Santos-Dumont
A história da ciência brasileira é marcada por um desastre aéreo que ceifou a vida de alguns de seus expoentes: o acidente do hidravião Santos-Dumont. Em 3 de dezembro de 1928, Alberto Santos-Dumont retornava ao Brasil após firmar-se na França como pioneiro da aviação nas décadas anteriores.
Uma grande festa popular foi organizada no Rio de Janeiro para receber um dos brasileiros mais ilustres no exterior. Entre os eventos programados para a recepção, estava o vôo de um hidravião – o Santos-Dumont – que escoltaria nos ares o navio que trazia Alberto.
A comitiva de recepção a bordo do hidravião reunia seis cientistas, que prestavam sua homenagem às glórias da ciência aplicada alcançadas por Santos-Dumont. Eram eles Amaury de Medeiros, Ferdinando Labouriau, Frederico Oliveira Coutinho, Manoel Amoroso Costa, Paulo de Castro Maya e Tobias Moscoso.
O hidravião caiu de uma altura de 300 metros, nas imediações da Ilha das Cobras, matando todos seus tripulantes, para grande consternação popular e desgosto de Santos-Dumont. O acidente significava a perda de grandes nomes da intelectualidade brasileira. Para a RS, tratava-se também da perda de seu presidente, Ferdinando Labouriau.
Por conta disso, a rádio recebeu inúmeras manifestações de apoio de ouvintes, como este missivista da capital, mas também de instituições, como a Inspectoria de Águas e Esgotos, e de co-irmãs, como a Rádio Mayrink Veiga.
Algumas emissoras levaram ainda mais longe sua manifestação de luto: a Sociedade Rádio Educadora do Brasil e o Rádio-Club do Brasil cancelaram suas irradiações no dia do acidente; este último ainda suspendeu por três dias a transmissão de programas musicais.
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