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Rádio Sociedade

Anuncie na RS

Nos primeiros anos de sua existência, a única fonte de receita da Rádio Sociedade eram as mensalidades pagas pelos sócios e as contribuições voluntárias para o "fundo de irradiação" criado pela emissora. As contribuições eram registradas e arquivadas em fichas como esta.

Para se manter, no entanto, a RS precisou começar a irradiar anúncios, veiculados sob a forma de frases e slogans lidos no ar pelos speakers da emissora. Os anúncios permitiram aumentar consideravelmente a receita da rádio: de acordo com esta tabela de preços de 1925, a leitura de um anúncio de 20 segundos durante a irradiação de concertos vocais e instrumentais custava 100 mil réis – quase duas vezes a anuidade cobrada dos sócios comuns.

A própria emissora publicava anúncios divulgando as vantagens de se veicular propaganda nas ondas do rádio: "Um annuncio na RS alcança todos os freguezes prováveis, nos mais afastados recantos do Brasil". A rádio tinha um formulário a ser preenchido para a veiculação de anúncios.

Uma outra modalidade de anúncios era o patrocínio de programas como óperas e concerto. Nesse caso, o anunciante era vinculado ao nome do programa e tinha maior visibilidade. A dinâmica da negociação pode ser entendida em documentos como este contrato que rege a parceria estabelecida entre a RS e as Indústrias Reunidas Alba, que passariam a patrocinar uma série de concertos.

Nem sempre os anúncios eram pagos em espécie. Este fabricante de instrumentos musicais, por exemplo, propunha ceder um piano à RS mediante a menção a seu nome a cada vez que o instrumento fosse usado nos concertos irradiados. Esta carta mostra também que a emissora veiculava informes de O Jornal em troca da publicação de seus próprios anúncios nas páginas do diário.

Os anúncios eram obtidos pelo intermédio de agentes que, inicialmente, cobravam uma comissão de 30%, que algumas rádios queriam reduzir para 20% em 1931, como mostra esta carta da Rádio Club do Brasil endereçada a Roquette Pinto.

A veiculação da publicidade foi regulamentada pelo governo por um decreto de março de 1932. A Rádio Sociedade nem sempre cumpria à risca as determinações do decreto: esta advertência enviada pelo Departamento dos Correios e Telégrafos indica que a emissora estava veiculando um número de anúncios maior que o permitido por lei.

 

Como eram os anúncios?

Os anunciantes da RS vinham dos mais diversos ramos. As cartas do acervo da emissora permitem resgatar alguns dos textos dos reclames lidos no ar.

Como agradar a todos?

Conciliar os interesses do público, dos anunciantes e os da própria emissora era a difícil tarefa da RS. Muitos ouvintes reclamavam da veiculação de publicidade.

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