O que é?
O tabagismo é o ato de se consumir
cigarros ou outros produtos que contenham tabaco, cuja droga ou princípio
ativo é a nicotina. A Organização Mundial da Saúde
(OMS) afirma que o tabagismo deve ser considerado uma pandemia, ou seja,
uma epidemia generalizada, e como tal precisa ser combatido.
O tabaco pode ser usado de diversas maneiras de acordo com
sua forma de apresentação: inalado (cigarro, charuto, cigarro
de palha); aspirado (rapé); mascado (fumo-de-rolo), porém sob
todas as formas ele é maléfico à saúde.
Existem vários fatores que levam as
pessoas a experimentar o cigarro ou outros derivados do tabaco. A maioria
delas é influenciada principalmente pela publicidade do cigarro nos
meios de comunicação.
No caso dos jovens ainda é pior porque além das propagandas
pelos meios de comunicação, pais, professores, ídolos
e amigos também exercem uma grande influência. Antes dos 19 anos
de idade o jovem está na fase de construção de sua personalidade.
Pesquisas mostram que a maioria dos adolescentes fumantes iniciou a fumar
justamente nesta faixa de idade, isto quer dizer que o principal fator que
favorece o tabagismo entre os jovens é, principalmente, a necessidade
de auto-afirmação.
Moda nos dicionários nos leva a pensar em: música, roupas, gostos,
jeito de se vestir, gírias, danças, etc. O tabaco não
está incluído em nenhum destes itens.
A algum tempo atrás a publicidade manipulava psicologicamente levando
diferentes grupos (adolescentes, mulheres, indivíduos de baixo poder
aquisitivo, etc) que acreditavam que o tabagismo era muito mais comum e socialmente
aceito do que era na realidade e através das demandas sociais e das
fantasias dos comerciais que usavam mulheres bonitas, bem vestidas, homens
fortes, bonitos, jovens curtindo a natureza ou em festas muito bem acompanhados
todos estes personagens fazendo uso do cigarro. Hoje, este tipo de publicidade
foi proibido no Brasil. A lei 10.167 restringe a propaganda de cigarros e
derivados do
Nem pensar, FUMAR DURANTE A GRAVIDEZ traz
sérios riscos para a gestante como também aumenta o risco de
mortalidade fetal e infantil, estes riscos se devem, principalmente, aos efeitos
do monóxido de carbono e da nicotina exercidos sobre o feto, após
a absorção pelo organismo materno. Estes riscos são:
· Abortos espontâneos;
· Nascimentos prematuros;
· Bebês de baixo peso;
· Mortes fetais e de recém-nascidos;
· Gravidez tubária;
· Deslocamento prematuro da placenta;
· Placenta prévia e
· Episódios de sangramento.
Comparando-se a gestante que fuma com a que
não fuma, a gestante fumante apresenta mais complicações
durante o parto e têm o dobro de chances de ter um bebê de menor
peso e menor comprimento.
A gestante que fuma, com um único cigarro fumado acelerar em poucos
minutos, os batimentos cardíacos do feto, devido ao efeito da nicotina
sobre o seu aparelho cardiovascular. Imagine a extensão dos danos causados
ao feto, com o uso regular de cigarros pela gestante.
A gestante, o parto e a criança também estão expostos
a estes riscos quando a gestante é obrigada a viver em ambiente poluído
pela fumaça do cigarro (fumante passiva), absorvendo substâncias
tóxicas da fumaça, que pelo sangue passa para o feto. Assim
como a mãe que fuma durante a amamentação, a nicotina
passa pelo leite que é ingerido pela criança.
É o indivíduo que convive com
fumantes e inalam a fumaça de derivados do tabaco em ambientes fechados.
Poluição Tabagística Ambiental (PTA), é a poluição
decorrente da fumaça dos derivados do tabaco em ambientes fechados
e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é
a maior responsável pela poluição nestes ambientes. Pesquisas
mostram que o tabagismo passivo é estimado como a 3ª maior causa
de morte evitável no mundo, só perdendo para o tabagismo ativo
e o consumo excessivo de álcool.
Os não fumantes que respiram a fumaça do tabaco têm um
risco maior de desenvolver doenças relacionadas ao tabagismo. Quanto
maior o tempo em que o não fumante fica exposto à poluição
tabagística ambiental, maior a chance de adoecer. As crianças,
por terem uma freqüência respiratória mais elevada, são
mais atingidas, sofrendo conseqüências drásticas na sua
saúde, incluindo doenças como a bronquite, pneumonia, asma e
infecções do ouvido médio.
Só os fumantes não acreditam que são:
· Nove mortes por hora.
· 80 mil por ano.
· 90% dos casos de câncer de pulmão.
· 80% dos enfisemas pulmonares.
· 25% dos infartos de miocárdio.
· 40% dos derrames cerebrais.
· 10 milhões de pessoas vão morrer nos próximos
30 anos, nas Américas.
· Quatro milhões morrem por ano.
Hoje, já existem no mercado diversos métodos
para acabar com o vício do cigarro, basta querer e ter força
de vontade.
Citaremos alguns destes métodos:
· Goma de mascar com nicotina – são pastilhas que liberam pequenas doses de nicotina diminuindo os sintomas da abstinência.
· Skin Paches – são pequenos adesivos que colados à pele, liberam mais nicotina do que a goma de mascar.
· Spray nasal – este spray libera menos nicotina que a goma e os patches, mas chega mais rápido ao sistema circulatório.
· Inalante – o inalante tem a mesma forma do cigarro, o que leva o indivíduo a achar que está fumando, pois imita o gesto mão-para-boca do fumante só que com 1/3 da nicotina do cigarro.
· Zyban – este é um método sem nicotina, trata-se de uma droga antidepressiva que auxilia nas crises de abstinência.
Todos estes métodos devem ser receitado e terem acompanhamento
médico.
Referências Bibliográficas:
Texto de Ivana Silva