Os artigos na área, em sua maioria, eram ligados à indústria; poucos voltavam-se à teoria da química, da medicina e da farmácia. Observam-se algumas notícias sobre descobertas ou discussões na área. Há ainda textos sobre história da química – o que mostra o começo da preocupação com a história da ciência –, sobre produtos naturais e, mais raramente, na área de ensino.

A difusão de temas de química nessa época está vinculada às exigências econômicas e sociais e busca sugerir soluções para problemas comuns, alimentícios, mineralógicos, farmacêuticos, medicinais e industriais.

Pode-se afirmar que a química empírica estava presente nas mais diversas atividades sociais, desde a agricultura até a medicina, passando pelas diversas atividades econômicas.

A divulgação da química moderna certamente contribuiu para a sistematização e melhor uso dos conhecimentos, para a satisfação, ainda que precária, das necessidades sócio-econômicas, bem como para sugerir interpretações mais convincentes, à luz dos conhecimentos da época, dos processos da natureza.

Pode-se também concluir que o interesse pelas ciências nos países mais desenvolvidos contribuía para uma atitude semelhante no Brasil, onde a influência francesa era predominante.

Em alguns textos publicados no país aparecem referências a personagens que podemos identificar como químicos ou, pelo menos, como interessados em química: Antoine Baumé, Bertholet, Jean Baptiste Biot, Robert Boyle, Henry Cavendish, Jean-Antoine Chaptal, Jean Baptiste Dumas, Antoine de Fourcroy, René-Just Hauy, Johann Henckel, Antoine Laurent Lavoisier, Joseph Priestley e Louis Jacques Thenard, entre outros.

Fontes:

SAMPAIO, Nadja Paraense. Palestra proferida na Fiocruz. Rio de Janeiro, 14 ago. 2007.

SANTOS, Nadja P e ALENCASTRO, R Bicca de: Pinto, Ângelo da C. “Jornais científicos brasileiros do século XIX (1813-1889) - Publicações na área da química”. Química Nova. (Submetido)