Publicada em: 15/12/2015 às 10:50
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Acolhida científica no II Simpósio Jovens Cientistas do IOC
Jornalismo

Pesquisadores que ingressaram recentemente no Instituto apresentaram seus temas de estudo durante o II Simpósio Jovens Cientistas do IOC

Integração foi a palavra-chave do II Simpósio Jovens Cientistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Realizado nos dias 07 e 08 de dezembro, o encontro reuniu cerca de 30 pesquisadores que integraram recentemente o quadro do Instituto para a apresentação de suas pesquisas. Doenças crônico-degenerativas, genômica e ciência computacional, vetores e agentes etiológicos de doenças infecciosas foram alguns dos temas dos estudos abordados ao longo da jornada de atividades. Em palestras e mesas-redondas, especialistas e pesquisadores discutiram a inclusão destes profissionais nos Programas de Pós-graduação do IOC e a importância da divulgação científica.

Lucas Rocha

De acordo com Wilson Savino, o encontro mostra a importância do trabalho em equipe e do intercâmbio de conhecimentos



A cerimônia de abertura contou com a presença do diretor do IOC, Wilson Savino, do vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Hugo Caire, e do vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rodrigo Stabeli. Savino destacou a importância da integração e do trabalho em equipe. “As dificuldades podem ser encaradas como oportunidade de aprendizado. É justamente neste momento que devemos pensar e agir sob a ótica da solidariedade”, afirmou Savino. “Considero este momento como uma acolhida científica a estes pesquisadores que não só apresentam os seus estudos em desenvolvimento, como também trocam conhecimentos e experiências com os novos colegas e com quem já está há mais tempo no Instituto”, complementou Hugo. Já Stabeli ressaltou uma importante iniciativa voltada para este público, o Programa de Apoio à Pesquisa Estratégica em Saúde (Papes) Jovem Cientista, que visa estimular novos talentos e ampliar competências científicas e tecnológicas. O projeto parte de uma proposta do IOC incorporada pela Presidência, em 2014 (relembre aqui). “O Papes contribui para integrar o jovem cientista ao planejamento estratégico da Fiocruz, à Pós-graduação e aos grupos de pesquisa consolidados. Esta ação também mostra que estes profissionais passam a fazer parte de uma instituição que não mede esforços para resolver problemas de saúde do Brasil”, salientou o vice-presidente.

Gutemberg Brito

Cerca de 30 jovens cientistas apresentaram trabalhos em diferentes áreas, como genômica e ciência computacional e doenças infecciosas



Ensino

A inclusão do jovem pesquisador em programas de pós-graduação foi o tema da palestra da vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Elisa Cupolillo, que apresentou um panorama da Pós-graduação no Brasil e no Instituto e destacou desafios e perspectivas. “Temos um aumento no número de programas considerados de excelência no país e a maior parte da produção científica é fruto dos programas de pós-graduação. Entretanto, ainda que haja um número maior de publicações, percebemos uma queda no nível de qualidade”, afirmou. De acordo com Elisa, uma alternativa para contornar este índice é a rede colaborativa, mecanismo de trabalho que permite o intercâmbio de informação e experiências, valoriza processos de comunicação e estimula a constante troca de conhecimento entre os profissionais.

Gutemberg Brito

Elisa Cupolillo destacou a importância da atuação dos novos pesquisadores no Ensino


Cupolillo acredita que os novos pesquisadores tenham um papel fundamental no âmbito do Ensino. “É importante refletir sobre a estrutura dos programas de pós-graduação: do corpo discente ao docente, das áreas de concentração e linhas de pesquisa ao plano estratégico que amplie a qualidade na formação dos egressos. São muitos os degraus para uma perspectiva de sucesso em que o jovem pesquisador, inserido em programas de pós-graduação, possa produzir em quantidade e com qualidade”, explicou. Já Savino salientou a importância do orientador na formação científica de estudantes. “A orientação não é uma atividade fácil, é preciso que o jovem cientista que deseja desempenhar esta função tenha cuidado e sensibilidade para que possamos formar, cada vez mais, mentes pensantes e críticas que contribuam para o processo de desenvolvimento científico do Brasil”, afirmou.

Perspectivas

A inserção dos novos especialistas no Instituto foi tema do encerramento das atividades que contou com a presença do diretor do IOC, Wilson Savino, e do vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Hugo Caire. Savino apresentou perspectivas para os próximos anos. “Estes pesquisadores foram acolhidos por Laboratórios credenciados que possuem fontes de investimento institucional. A restrição orçamentária não resume o futuro de um jovem cientista”, explicou Savino. O diretor lembrou, ainda, a possibilidade de aprovação, para os próximos anos, de financiamento por meio do Programa ‘Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT)’ do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Hugo Caire fez uma avaliação positiva da segunda edição do Simpósio. “Foram apresentados trabalhos de excelente qualidade por pesquisadores que demonstram muita vontade de trabalhar, interagir e aprender. O Instituto ganhou muito com a aquisição desses novos talentos”, comemorou Hugo.

Lucas Rocha
15/12/2015
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