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O LABORATÓRIO

O principal foco do Laboratório de Biologia Molecular Aplicada a Micobactérias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) é o estudo das micobactérias Mycobacterium tuberculosis, Mycobacterium leprae, Mycobacterium bovis. Suas linhas de pesquisa abordam o estudo molecular, genético e epidemiológico das micobactérias, gerando conhecimento sobre virulência, distribuição espacial, mutações, conduta terapêutica e resistência a medicamentos. Nos últimos anos, o Laboratório tem identificado os genótipos prevalentes da M. tuberculosis e descoberto importantes alterações no código genético de algumas linhagens, como a deleção RDRio, a maior já registrada no mundo. Seus pesquisadores dedicam-se, ainda, a temas como a coinfecção por M. tuberculosis e HIV e atuam de modo a aprimorar ações de controle e aplicar o conhecimento científico gerado na realidade clínica das doenças causadas por micobactérias.

Entre as linhas de pesquisa do Laboratório está o estudo da virulência das cepas de M. tubercolosis com maior potencial de dispersão na população. Os pesquisadores avaliam a presença de deleções e mutações em cepas da bactéria, suas consequências para a virulência e transmissibilidade, além de mapearem sua distribuição/taxa de transmissão. O estudo levou ao desenvolvimento de teste de hibridação reversa, rápido e de baixo custo, para detecção de resistência de M. tuberculosis a rifampicina colorimétrico, e à descoberta da linhagem RDRio.  

Desde a década de 90, o Laboratório também estuda o estabelecimento das relações epidemiológicas entre os diferentes isolados de M. tuberculosis, com a identificação de um grupo de cepas predominante na cidade do Rio de Janeiro. Em parceria com o Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade de Cornell, de Nova Iorque, foi possível identificar a cepa de M. tuberculosis responsável por 30% dos casos da doença na cidade, o que coloca o IOC à frente das mudanças de paradigma no campo da genotipagem de M. tuberculosis.

Apesar do forte caráter de pesquisa básica do Laboratório, em parceria com outros institutos de pesquisa, como o Hospital Universitário da UFRJ e diversos Lacens (Laboratórios Centrais), por conta de seus Programas de Controle da Tuberculose, o Laboratório investiga a dispersão de cepas individuais entre as populações urbanas com ou sem características específicas. Este trabalho permite a promoção de ações de controle e/ou prevenção eficientes.

O Laboratório atua, ainda, no estudo da hepatotoxicidade e da eficácia terapêutica de drogas utilizadas nos casos de coinfecção (TEB/HIV) ou comorbidades, principalmente TB/diabetes e TB/hipertensão arterial. Também desenvolveu um banco de dados de Spoligotypes, com aproximadamente sete mil perfis exclusivamente brasileiros de diversas regiões, enriquecendo o banco de dados internacional de Spoligotypes (SpolDB e SIT VIT WEB).

A partir de estudos para definição dos perfis de M. leprae no Brasil e com base na experiência adquirida no campo da farmacogenética aplicada, o Laboratório desenvolve projeto de avaliação dos fenótipos de indivíduos residentes, avaliando a possível influência da farmacogenética na conduta terapêutica da hanseníase. Os dados poderão ser úteis para a avaliação futura de novas drogas, modificações na conduta terapêutica ou correções da dosagem individual dos medicamentos usados no combate à doença. O Laboratório também faz parte de uma rede internacional, coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para avaliação de resistência em hanseníase, principalmente a forma recidiva da doença e tem papel importante de controle de qualidade de sequenciamento em nível nacional.

 


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