Fiocruz
no Portal
neste Site
Fundação Oswaldo Cruz
Página Principal

O LABORATÓRIO

O Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) abriga o Serviço de Referência Nacional para Rickettsioses e o Regional para e Hantaviroses junto ao Ministério da Saúde, contribuindo para a  vigilância epidemiológica destes agravos no país. Na área de pesquisa, desenvolve estudos sobre a ocorrência das rickettsioses lato sensu (além da febre maculosa, também a febre Q, bartoneloses e ehrlichioses) e hantaviroses em diferentes regiões, endêmicas e não endêmicas, visando um maior conhecimento sobre a circulação de seus agentes etiológicos em carrapatos, animais domésticos e silvestres, assim como na população humana.

O estudo de hantavírus em animais silvestres contempla diversas regiões do país. No Sul, a circulação de hantavírus em roedores silvestres é investigada em áreas de ocorrência da síndrome pulmonar por hantavírus no Paraná e em Santa Catarina, com ênfase neste último estado, onde vem sendo desenvolvido um estudo longitudinal com apoio da Secretaria Estadual de Saúde. No Espírito Santo, a abordagem estende-se à circulação do hantavírus e  arenavírus em roedores silvestres. Na região Centro-Oeste, além do Estado de Mato Grosso do Sul, onde foi investigada a prevalência da infecção na população indígena Terena e em roedores capturados na área – iniciativa contemplada pelo Convênio de Cooperação Binacional Brasil-Argentina (FIOCRUZ/ANLIS) - , o Laboratório desenvolve uma parceria com a Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso, não somente na linha das roboviroses (hantaviroses e arenaviroses), mas também das rickettsioses.

A infecção por hantavírus em roedores silvestres também é investigada em áreas de influência de hidrelétricas, como as usinas de Espora (GO), Corumbá III e IV (DF). Além da circulação em roedores silvestres, o Laboratório estuda a prevalência do hantavírus na população humana, como por exemplo em pacientes HIV sororreativos. O Laboratório também desenvolve a vigilância sindrômica de infecção por hantavírus no Estado do Rio de Janeiro. 

Os estudos sobre rickettsioses e hantaviroses são desenvolvidos com ênfase na caracterização dos agentes infecciosos em amostras humanas e de animais vertebrados e invertebrados em diferentes regiões do Brasil. Em adição, o Laboratório participa em conjunto com taxonomistas na identificação taxonômica dos animais reservatórios (artrópodes, para as rickettsioses,  causadas por rickettsias, bartonelas, coxiela e ehrlichia, e roedores, para as roboviroses), visando avaliar o comportamento vetorial e a importância de artrópodes vetores e dos hospedeiros de bioagentes da zoonose. Neste contexto, estudos têm sido desenvolvidos no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, entre outros estados.

Em relação à população humana, são desenvolvidos estudos sobre febre maculosa abordando aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais dos casos ocorridos nos últimos dez anos no Estado do Rio de Janeiro, bem como a análise dos casos clínicos de bartoneloses no Grande Rio de Janeiro, com ênfase nas manifestações oculares e cardíacas. Em paralelo aos estudos com população humana, animais domésticos, roedores e artrópodes de residências, também é pesquisada a presença de rickettsias e robovírus, onde casos clínicos são confirmados.

Num contexto de diagnóstico diferencial e de estudo de soroprevalência, inicialmente foi pesquisada a presença de anticorpo anti-rickettsias do grupo da febre maculosa, Coxiellla burnetti e Bartonella spp em população de indivíduos saudáveis doadores de sangue procedentes do bairro de Jacarepaguá, na cidade do Rio de Janeiro e de outros segmentos populacionais. Após a sua identificação molecular em paciente pela primeira vez no Brasil, o genoma do agente da febre Q (Coxiella burnetii) passou a ser identificado não somente em outros casos humanos mas também em animais e artrópodes.

Quanto à linha de pesquisa, nos últimos anos  se tem disponibilizado especial atenção à ocorrência de hantaviroses e rickettsioses em grupos humanos específicos, com maior risco de infecção, como populações indígenas de áreas endêmicas e profissionais que manuseiam animais vertebrados – sobretudo os silvestres.

Por fim, em atendimento à demanda do Ministério da Saúde, em 2012 testes moleculares para borreliose (doença de Lyme) e babesiose estão em fase de validação para serem disponibilizados para as atividades de referência/vigilância.

 


Instituto Oswaldo Cruz /IOC /FIOCRUZ - Av. Brasil, 4365 - Tel: (21) 2598-4220 | INTRANET IOC
Manguinhos - Rio de Janeiro - RJ - Brasil CEP: 21040-360