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O LABORATÓRIO

O Laboratório de Toxinologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) desenvolve pesquisas e formação de recursos humanos em bioquímica dos envenenamentos por toxinas ofídicas e das doenças parasitárias, infectocontagiosas e degenerativas, com ênfase na utilização da abordagem proteômica. São estudadas potenciais alternativas terapêuticas para o tratamento de acidentes ofídicos, principalmente de seus efeitos locais e de patologias associadas à expressão desregulada de metaloproteases ou fosfolipases.

Por meio de técnicas proteômicas, os pesquisadores analisam as frações de diversos venenos ligadas e não-ligadas a colunas de afinidade contendo inibidores naturais imobilizados. O objetivo é investigar a grande variabilidade apresentada pelos venenos estudados e correlacioná-la com os efeitos deletérios produzidos por eles. Estes estudos podem auxiliar na escolha dos venenos que devem ser utilizados para a preparação dos antivenenos utilizados nas pessoas ou animais picados por serpente, sendo atualmente o único tratamento reconhecido contra o envenenamento por serpentes.

Em virtude da capacidade destes inibidores naturais neutralizarem os efeitos tóxicos dos venenos, nosso objetivo primário, com relação a este tema, é mapear as regiões fundamentais para a atividade inibitória destas moléculas, utilizando técnicas bioquímicas clássicas, como clivagens enzimáticas/químicas parciais e extensivas, associadas à cromatografia líquida e à espectrometria de massas. De maneira complementar, estão sendo utilizadas as técnicas de ressonância plasmon de superfície ("BIACORE") e cross-linking. Estes experimentos poderão nos indicar quais são as regiões, tanto dos inibidores quanto das toxinas, que interagem na formação do complexo inibidor-toxina, objetivando a determinação da unidade mínima dos inibidores capaz de neutralizar os efeitos tóxicos dos venenos estudados.

O estudo do helminto nematoide Angiostrongylus costaricensis inclui, além de técnicas proteômicas e bioquímicas tradicionais, o estudo morfológico do parasito em suas diferentes fases de vida. Também são estudados os mecanismos moleculares envolvidos na resistência do Trypanosoma cruzi ao medicamento benzonidazol, além de contribuir para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas para a doença de Chagas utilizando compostos químicos de diferentes naturezas. O proteoma das diferentes fases do ciclo de vida do T. cruzi, agente etiológico da doença de Chagas, tem sido igualmente estudado.  Os pesquisadores estudam, ainda, aspectos moleculares da interação entre vírus e células do hospedeiro humano em diferentes doenças, tais como dengue e hepatite C. Utilizamos diversas ferramentas proteômicas para comparar o plasma e as plaquetas de doadores saudáveis e de pacientes com dengue grave na procura de biomarcadores tanto de diagnóstico quanto de prognóstico desta importante doença. Diversas técnicas proteômicas têm sido aplicadas também na análise do fluido ductal mamário (NAF) de pacientes com câncer de mama unilateral. Pretendemos caracterizar o padrão de expressão de proteínas do NAF proveniente de mamas normais e de mamas com câncer, com o objetivo de determinar se existe um padrão de expressão característico que permita sua diferenciação.

Muitos dos projetos realizados no laboratório são desenvolvidos em estreita colaboração cientifica com outros laboratórios tanto do IOC como de outras instituições de pesquisa e universidades.


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