Adolfo Lutz

Natural do Rio de janeiro, Adolfo Lutz se formou em 1879, quando era jovem de 24 anos, em Medicina pela Universidade de Berna, na Suíça, onde morou desde os dois anos de idade. No ano seguinte, obteve o título de Doutor em Medicina e passou a freqüentar os mais importantes centros científicos europeus, realizando cursos de aprimoramento.
 
Lutz foi um homem que lutou pelo surgimento e implantação da medicina contemporânea no Brasil. Retornou ao Brasil e iniciou suas atividades em Limeira, onde ficou de 1881 a 1886.
 
Mais tarde, preocupado com as doenças que acometiam o povo, foi implacável na aplicação da pesquisa e do método científico. Atuava como sanitarista, microbiologista, clínico e pesquisador. Não se abalava diante de críticas infundadas ou da ignorância do povo.
 
Em 1893, assumiu interinamente a direção do recém-fundado Instituto Bacteriológico.
 
Em 1899, firmou o diagnóstico que havia peste em Santos. Houve revolta popular, mas ele seguiu seu padrão: enviou material de cultura para as maiores autoridades do assunto no mundo e o diagnóstico foi confirmado. Ele então, propôs a fabricação de soro antipestoso no Brasil. Começou, com isso, os trabalhos na Fazenda Butantan, dirigidos por Vital Brazil, indicado por Lutz para o cargo.
 
O Instituto Bacteriológico já era um sólido centro de pesquisa médica e biológica quando Lutz deixou sua direção em 1908 e retornou ao Rio de Janeiro para trabalhar em Manguinhos a convite de Oswaldo Cruz. Permaneceu na instituição até a sua morte em 1904.
 
Tinha inesgotável disposição para ensinar e se interessou por múltiplos campos da medicina e da biologia até seus últimos anos de vida.
 
Passou a vida fazendo o que gostava, investigando a natureza com o objetivo final de ajudar os que padeciam de alguma doença.

(Texto elaborado pelo Museu da Vida/COC)