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Fundação Oswaldo Cruz

Correio Braziliense

O primeiro número desse jornal circulou em 1º de junho de 1808. Por conta da censura, era produzido, editado e vendido em Londres, na Inglaterra. Teve circulação regular mensal até dezembro de 1822, num total de 175 números, que eram compostos por de 96 a 150 páginas.

O jornal era dirigido e editado por Hipólito José da Costa (1774-1823) que, na introdução do primeiro número, fiel ao espírito do tempo, no qual a ciência tinha seu lugar consolidado desde o Iluminismo, afirmou que desejava, através do jornal, traçar as melhorias das ciências, das artes e de tudo que pudesse ser útil à sociedade em geral. Foi na seção “Literatura e Ciências” que se concentrou a preocupação com o conhecimento científico, embora ocasionalmente se encontrassem em outras seções assuntos dessa natureza.

Para Costa, as restrições ao desenvolvimento científico perduravam em Portugal. No periódico, ele apontava os entraves causados pela censura no campo da ciência e insurgia-se contra tais medidas. O governo português, a seu ver, perseguia os “homens de talento, de erudição e de conhecimento”.

Por fazer oposição à Coroa, o jornal tinha circulação e leitura proibidas no Brasil e em Portugal, mas estudos confirmam que a publicação chegava e era lida no Brasil.

Fontes:

OLIVEIRA, José Carlos. “A cultura científica e a Gazeta do Rio de Janeiro (1808-1821)”, Revista da Sociedade Brasileira de História da Ciência, Campinas, n.17, p. 29-58, jan./jun. 1997.

OLIVEIRA, José Carlos. “As ciências no paço de d. João...”, História, Ciências e Saúde - Manguinhos, Rio de Janeiro, vol.6, n.1, mar./jun. 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59701999000200009&lng=en&nrm=iso&tlng=pt> Acesso em 09 fev. 2009.

OLIVEIRA, José Carlos. Palestra proferida na Fiocruz. Rio de Janeiro, 14 ago. 2007.


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