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Fundação Oswaldo Cruz

Núcleo Arte e Ciência no Palco

O Núcleo Arte e Ciência no Palco nasceu em 1998 com o objetivo de investigar a relação da arte e da ciência através do teatro. Aproveitando a capacidade que as artes dramáticas têm de envolver, emocionar e provocar o público, o Núcleo procura traduzir pelo "sentir" e pelo "pensar" os conflitos éticos da ciência, no intuito de despertar o público para as responsabilidades e conseqüências dos avanços da ciência na vida das pessoas.

Pioneira no Brasil, a idéia de montar peças baseadas em temáticas científicas surgiu em 1995, quando o ator Carlos Palma e Adriana Carui assistiram a uma montagem chilena do monólogo Einstein, escrito pelo canadense Gabriel Emanuel. Encantados, Palma e Carui compraram os direitos autorais da peça e estrearam sua montagem em 1998, em São Paulo. O trabalho rendeu a Palma o Prêmio Mambembe de melhor ator e estimulou a criação do Núcleo.

Cercados por entusiastas da divulgação científica, que os incentivaram a seguir esse caminho, Palma e Carui tomaram conhecimento da repercussão internacional da peça Copenhagen, do britânico Michael Frayn, e decidiram montá-la no Brasil. Vencedora do Prêmio Qualidade Brasil de 2001, nas categorias de melhor direção e melhor espetáculo, e do Prêmio Estímulo Flávio Rangel 2001, Copenhagen consolidou o trabalho do grupo, hoje formado por nove atores e com a parceria da Cooperativa Paulista de Teatro.

O Núcleo entra em 2009 com 12 espetáculos em seu repertório. São eles: Einstein, do canadense Gabriel Emanuel; o infantil Da Vinci pintando o sete, de Francisco Alves; Copenhagen, de Michael Frayn; Perdida... uma comédia quântica, de José Sanchis Sinisterra; E agora Sr. Feynman? , de Peter Parnell; 20.000 léguas submarinas ufa, Julio Verne, adaptado para crianças por Lica Neaime e Carlos Palma; A dança do universo, de Oswaldo Mendes inspirado na obra homônima de Marcelo Gleiser; Oxigênio, dos prêmios Nobel em química Carl Djerassi e Roald Hoffmann; After Darwin, de Timberlake Wertenbaker; e Rebimboca e Parafuseta, de Carlos Palma.

Essas peças, seus personagens, seus dramas e suas interferências no rumo da história, são um estímulo ao debate sobre as questões éticas, morais, sociais, e as implicações gerais e particulares da ciência na sociedade contemporânea.

Site: http://www.arteciencianopalco.com.br

Fonte:

PALMA, Carlos. Arte e ciência no palco. Entrevista concedida a Luisa Massarani e Carla Almeida. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, vol.13, supl., 2006. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702006000500014&lng=en&nrm=iso&tlng=pt


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