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Fundação Oswaldo Cruz

Jornalismo local: ausência das ciências e do leitor cidadão

Dissertação (Mestrado) - 2005

Autor: Celso Kill

Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Faculdade de Comunicação, Educação e turismo, Universidade de Marília

Resumo

O tema de nossa investigação foi a cobertura jornalística dos dois principais veículos- jornais/impressos do município de Marília/SP: Diário de Marília e Jornal da Manhã. O objetivo foi fazer um aprofundamento sobre a cultura das mídias impressas através do confronto de dados das teorias sobre cobertura informativa no jornalismo que aprendemos durante o Mestrado, com dados da cobertura real e local sobre o campo do jornalismo. Explorar o campo práxis do Jornalismo e da divulgação local propondo uma reflexão pontuada quanto ao papel das mídias na disseminação do conhecimento. O corpus da pesquisa foi construído com o objetivo de tentar demonstrar que o problema está relacionado com os processos históricos de colonização e subdesenvolvimento politico-econômico e a crise geral do jornalismo, enquanto campo profissional. Utilizamos os dois veículos impressos com peridiocidade diária da cidade de Marília para o levantamento etnográfico, e selecionamos os jornais circulados entre os dias 01/05/2005 e 30/05/2005 para demonstrar a ausência de uma práxis em termos de divulgação de conhecimentos não apenas científicos, mas de maneira científica. Os resultados da nossa pesquisa apontam que o jornalismo local/regional reforça a tese de omissão de informações sobre o bem-estar social e está "desconectado" com o leitor enquanto cidadão, fabricando uma cobertura para um leitor eleitor. Tudo indica ser essa uma das causas pelas quais nossos jornais locais, no Brasil moderno, entram gradativamente em estados de falências: profissionais, morais, éticas, financeiras. Como vamos defender aqui, essa omissão começa com o fim do diploma por ordem da Justiça, caminha pelas seleções mercadológicas dos proprietários dos jornais, continua no trabalhador-jornalista esmagado pela ausência de uma consciência para si; e deságua no leitor, cada vez mais receptor de notícias sensacionais, gêneros opinativos/fundamentalistas e ausência de reportagens com tratamentos profissionais científicos e com identidade local e regional.

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