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Fundação Oswaldo Cruz

Museus e centros de ciência

Acompanhando uma tendência mundial, vêm sendo criados por todo o país dezenas de centros de ciência desde o início dos anos 1980. Atualmente, há mais de 200 centros e museus de ciência e outras instituições dedicadas à popularização da ciência, como jardins zoológicos e planetários, de acordo com levantamento feito em 2009 pela Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência.

Entre os primeiros museus de ciência criados estão o Centro de Divulgação Científica e Cultural, de São Carlos, em 1980, o Espaço Ciência Viva, do Rio de Janeiro, em 1982, que foi o primeiro a trazer uma proposta de museu interativo, inspirado no Exploratorium de São Francisco, e a Estação Ciência, em 1987, que foi criada inicialmente pelo CNPq e que está agora sob a égide da USP. Um interessante programa, o Projeto Clicar, está sendo ali desenvolvido, desde 1996, destinado a jovens sem moradia ou que vivem em favelas de São Paulo e que trabalham nas ruas.

O maior museu de ciências do país é o Museu de Ciências e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica, em Porto Alegre; outro museu de porte médio é o Museu da Vida da Fiocruz, no Rio de Janeiro, ambos inaugurados há poucos anos. No Recife, existe o Espaço Ciência, vinculado à Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco.

Uma característica de quase todos esses museus e centros de ciência é que grande parte de seus visitantes provém das escolas. Por exemplo, 60% dos visitantes do Estação Ciência e da Casa da Ciência, da UFRJ, são crianças e adolescentes, em visitas organizadas pelas escolas. Os museus de maior porte às vezes organizam exposições sobre temas de ciência; algumas delas são itinerantes e percorrem outros museus ou espaços culturais do país.

Outra atividade que se espalhou com alguma intensidade pelo país foram as conferências sobre ciência voltadas para o grande público ou para jovens nas escolas. Muitas delas surgiram de atividades das secretarias regionais da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Ciclos de palestras e eventos, como a série "Ciência para poetas", da Casa da Ciência/UFRJ, que promove atividades que buscam integrar ciência, cultura e arte, têm conseguido atrair um público crescente e interessado. Embora raros, programas de divulgação científica pelo rádio, especialmente em estações governamentais ou de propriedade de universidades públicas, foram também implementados.

Fonte:

MOREIRA, Ildeu de Castro e MASSARANI, Luisa. “Aspectos históricos da divulgação científica no Brasil". In: MASSARANI, Luisa; MOREIRA, Ildeu de Castro; BRITO, Maria de Fátima (orgs.). Ciência e público: caminhos da divulgação científica no Brasil. 1 ed. Rio de Janeiro: Casa da Ciência, 2002, p. 43-64.


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