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Fundação Oswaldo Cruz

Sonhos tropicais

O cenário é o Rio de Janeiro do início do século XX. O mote, a Revolta da Vacina. Em “Sonhos Tropicais” (Brasil, 2002), a história da ciência, da saúde e do próprio Oswaldo Cruz aparece entremeada à vida de Esther, uma prostituta judia, e mergulhada no ambiente da reforma urbana da cidade pelo prefeito Pereira Passos.

Atrelada a fatores de ordem política, social, econômica e cultural, a Revolta da Vacina teve como estopim a lei que, em 1904, tornou obrigatória a vacinação da população contra a varíola. A obrigatoriedade, entendida como uma medida de tortura, causou protestos que, duramente reprimidos, resultaram em 23 mortes, dezenas de feridos e mil pessoas presas.

Esther nada contra essa corrente e apresenta-se voluntariamente para receber a vacina. Sua iniciativa é elogiada por Oswaldo Cruz. O sanitarista, tomando Esther como exemplo, conclama enfermeiros, políticos e médicos a fazerem o mesmo.

Além da campanha contra a varíola e das reações populares provocadas por ela, o filme, dirigido por André Sturm e baseado em livro de Moacyr Scliar, aborda outras duas grandes campanhas comandadas por Oswaldo Cruz: contra a febre amarela e contra a peste bubônica. Nos dois casos, a maneira encontrada pelo sanitarista para conter as epidemias é o enfrentamento dos vetores dessas doenças – mosquito e rato, respectivamente.

Fontes:

FIGUEIREDO, Betânia Gonçalves. “Sonhos Tropicais – Caminhos e descaminhos da saúde pública no Brasil no início do século XIX”. In: OLIVEIRA, Bernardo Jefferson de. História da Ciência no Cinema. Belo Horizonte: Argumentum, 2005, pp. 21 a 38.

SANTOS, Silvania de Paula Souza dos. A ciência e o cientista através da janela mágica: Estudo de caso com o filme “Sonhos Tropicais". Rio de Janeiro: Fiocruz, 2007. 155p. Dissertação (Mestrado) - Ensino em Biociências e Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, 2007.


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