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Fundação Oswaldo Cruz

O Ensino de Ciências e a Divulgação Científica nas Escolas de Ensino fundamental em São Luís-MA: o caso do reconhecimento da leishmaniose visceral

Dissertação (Mestrado) – 2007

Autor: Maria Eliana Alves Lima

Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente, Universidade Federal do Maranhão

Resumo

Estudo prospectivo das condições e métodos do ensino de ciência em escolas de ensino fundamental em São Luís como forma de reconhecimento entre alunos da Leishmaniose Visceral Americana (LVA), problema de saúde endêmica na ilha de São Luis com prevalência em crianças na faixa etária escolar. Enfoca-se a necessidade de contribuição da escola para o esclarecimento da comunidade sobre o controle da doença. A pesquisa teve como objetivo verificar se o ensino de ciências nas escolas de ensino fundamental contribui para o reconhecimento, entre alunos, da leishmaniose visceral. O estudo foi realizado na Ilha de São Luís, nas localidades de Cidade Olímpica, no município de São Luis e Vila Bom Viver no Município de Raposa como áreas endêmicas para coleta de dados e os bairros da Alemanha e Centro no Município de São Luís, como áreas de controle. Foram selecionadas cinco escolas da rede pública municipal, sendo 3 em área endêmica e 2 em área não endêmica, para aplicação de questionários semi-estruturados entre os alunos de 3ª e 7ª séries do ensino fundamental com perguntas sobre reconhecimento da epidemiologia da LVA e sobre aspectos sócio-econômicos dos alunos. Foram aplicados testes de Qui-Quadrado (x2) de independência para analisar as diferenças no nível de conhecimento sobre a LVA nas escolas pesquisadas. A análise de resultado mostrou que não houve diferença significativa nas respostas das duas áreas com relação ao conhecimento da LVA (x2 = 0,886), assim como sobre sua transmissão (x2 1,904); nos quesitos sobre a forma de conhecimento sobre a doença apenas 4,4% dos alunos em área endêmica e 3,8% em área não endêmica afirmam ter ouvido falar sobre a LVA nas aulas de ciência; porém nas duas áreas não houve diferença de resposta sobre a aprendizagem por meio da aula de ciência (x2 = 0,007). Conclui-se que não há diferença significativa no conhecimento dos alunos de área endêmica e não endêmica sobre a LVA e que as aulas de ciências não estão contribuindo para o reconhecimento da doença, mesmo quando a escola se encontra em uma comunidade de área endêmica, que, portanto, possui maior contato com a problemática.


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