Do lúdico ao científico: construção e avaliação de módulos experimentais de óptica em museus de ciências e em ambientes escolares

Dissertação (Mestrado) – 2007

Autor: Grazielle Rodrigues Pereira

Programa de Pós-graduação em Ensino de Biociências e Saúde, Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz

Resumo

Observamos nas salas de aula, enquanto professores da Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio), que nossos estudantes, apesar de compreenderem as Ciências como o estudo da Natureza de um modo geral, têm dificuldades em estabelecer relações entre os conhecimentos que lhes são transmitidos e suas respectivas aplicações no cotidiano. Essas disciplinas têm sido lecionadas de maneira descontextualizada e excessivamente matematizada. As avaliações focalizam mais a capacidade de memorização do que a capacidade de hábitos de estudo causando um grande desinteresse por parte dos alunos pelas Ciências. O ensino de óptica em muitas instituições com ensino tradicional não contemplam as concepções prévias dos estudantes, bem como privilegiam o ensino dessa Ciência com ênfase na transmissão de conteúdos, bem como se encontra desvinculado aos aspectos físicos ligados à natureza, processo de visão, refração e reflexão da luz, entre outros, tornando o aprendizado mais difícil. O presente estudo tem como objetivo investigar o impacto de atividades museais concernentes a alguns fenômenos da óptica em um museu de ciências, bem como em ambientes escolares. Para fundamentar o trabalho e justificar as atividades experimentais desenvolvidas na área de óptica, suscitamos a partir da análise de alguns trabalhos de pesquisa as atuais condições do ensino das Ciências, em especial a Óptica. O estudo teve como base inicial uma investigação orientada pelos padrões da pesquisa qualitativa desenvolvida nos campos educacionais formal e não-formal, bem como a partir de dados mensurados. A coleta de dados foi realizada por meio de estudo comparado de resultados de questionários pré e pós-intervenção. Foram empregadas atividades formada por aparatos experimentais, entrevista semi-estruturada - antes e depois da participação nas atividades experimentais - e pela técnica da lembrança estimulada, que ocorreu quatro meses após nossa intervenção experimental. Os resultados desse estudo demonstraram que as atividades experimentais exerceram um impacto favorável sobre os estudantes, onde foi possível observar transformações nas concepções previas dos participantes, bem como constatamos um grande interesse por parte dos estudantes em saber mais sobre os fenômenos de óptica, após participarem das atividades experimentais.

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