Ana (Cássia Kiss) e Zeca (Victor Fasano) formam um casal apaixonado e harmonioso, mas não conseguem ter filhos. Para realizar seu sonho, o casal contrata uma mãe de aluguel, Clara (Claudia Abreu), em cujo útero é implantado o óvulo de Ana, fecundado por Zeca.
Esse é o ponto de partida para a autora Glória Perez abordar questões éticas envolvidas nas técnicas de inseminação artificial e experimentação genética, na novela “Barriga de Aluguel”, produzida e transmitida pela Rede Globo entre 1990 e 1991.
Os protagonistas da trama passam a viver diversos conflitos, sobretudo depois do nascimento do bebê. O direito de maternidade é colocado em xeque e o caso vai aos tribunais para que a justiça decida quem é a mãe legal: Ana, dona do óvulo, ou Clara, que “empresta” seu útero para o desenvolvimento do feto. No final da novela, no entanto, a conclusão do Supremo Tribunal de Justiça não é revelada e o enredo termina sem um desfecho claro.
Destacaram-se na trama os personagens dos médicos Molina (Mário Lago) e miss Penélope Brown (Beatriz Segall), que trabalhavam no Centro de Reprodução Humana, onde realizavam experiências com bebês de proveta.
Ela, uma pesquisadora científica dedicada a experimentações genéticas, tinha idéias avançadas que se opunham às de seu colega e amigo Molina, seguidor de uma linha mais tradicional de medicina. Para apimentar as discussões éticas entre os dois profissionais, havia ainda o personagem Álvaro Baroni (Adriano Reys), um médico ambicioso e inescrupuloso.
Doutor Molina e Miss Brown foram revividos dez anos depois em outra novela de Gloria Perez, “O Clone”. Eles entraram em cena para discutir aspectos da clonagem humana.
Fonte:
CENTRAL GLOBO DE COMUNICAÇÃO. “Barriga de Aluguel”. In: Memória Globo. Disponível em: <http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,GYN0-5273-229577,00.html>. Acesso em 18 fev. 2009.
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