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Inovação a nível internacional

Ampliação da pesquisa em saúde e cooperação entre países estiveram no foco da primeira edição do Simpósio Internacional de Pesquisa e Inovação do IOC

Entre os dias 17 e 19 de maio, membros de instituições de diferentes nacionalidades se reuniram virtualmente no 1º Simpósio Internacional de Pesquisa e Inovação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Os encontros, que fazem parte do calendário de comemorações dos 121 anos do Instituto, foram transmitidos ao vivo pelo Canal do IOC no YouTube, com a possibilidade de tradução simultânea para o inglês.

Ao longo dos painéis, foram lembrados os grandes feitos do passado e apresentadas estratégias para o avanço da pesquisa científica, do desenvolvimento tecnológico e da inovação dentro e fora dos limites da Fundação Oswaldo Cruz. Foram discutidas, ainda, formas de cooperação internacional na área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em saúde, bem como os aprendizados trazidos pela pandemia da Covid-19.

Na mesa de abertura, o embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, celebrou a constante parceria entre o bloco de países europeus e as diferentes instâncias da Fiocruz, destacando a presença do IOC no continente por meio da recente instalação de um escritório no Parque de Ciência e Inovação da Região de Aveiro [relembre aqui], em Portugal. “Espero que possamos intensificar ainda mais a nossa cooperação e seguir juntos em busca de soluções inovadoras para melhorar a nossa saúde e a saúde do nosso planeta”, projetou.

Acrescendo o assunto, o diretor do IOC, José Paulo Gagliardi Leite, pontuou as diferentes parcerias internacionais do Instituto, reforçando a importância da união entre os países. “Não podemos pensar em um mundo desenvolvido sem refletir sobre saúde pública, sanidade animal e meio-ambiente”, salientou. Participaram da mesa o vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Jonas Perales; o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Aurélio Krieger; e o vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, Rodrigo Corrêa.

Recordar o passado para construir o futuro

O painel inaugural do Simpósio trouxe uma perspectiva de futuro com base na trajetória de inovação traçada pelo Instituto Oswaldo Cruz ao longo de sua história secular. Ao contemplar as primeiras décadas do IOC, a vice-diretora de Pesquisa e Educação da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Magali Romero Sá, resgatou um dos conceitos de inovação prevalentes nos anos iniciais do Instituto com as pesquisas sobre a vida marinha e as dinâmicas da Baía de Guanabara, que resultaram em estudos pioneiros desenvolvidos por cientistas emblemáticos da instituição.

Tendo em vista a missão de dar continuidade a esse legado científico, o coordenador do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz, Carlos Gadelha, expôs a necessidade do IOC se repensar como instituição, considerando deixá-lo ainda mais forte e vinculado à sociedade. A internacionalização da pesquisa também foi colocada como um fator de importância pelo reitor da Universidade de Aveiro (Portugal), Paulo Jorge Ferreira. Em sua palestra, ele destacou a colaboração internacional entre o IOC e a universidade portuguesa como um espaço de benefício mútuo e uma porta aberta para um tecido industrial dinâmico e empreendedor.

Confira a íntegra da manhã do primeiro dia de simpósio:

Cooperação internacional para inovação em saúde

A segunda mesa de debates deu seguimento à necessidade de ultrapassar fronteiras geográficas para a pesquisa científica. Lembrando do atual cenário de pandemia da Covid-19, o diretor do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz, Paulo Marchiori Buss, enfatizou que governantes e pesquisadores de diversas nações têm ampliado a discussão sobre o futuro da saúde global, com a intenção de criar estruturas e tratados que contornem o surgimento de novas pandemias.

A importância da cooperação internacional foi reforçada por representantes da Nova Zelândia, que discorreram sobre o valor de ter um parceiro como o Brasil devido às semelhanças nos objetivos de estudos científicos. Conduziram a conversa, Chris Langley, embaixador da Nova Zelândia no Brasil; Bronwen Kelly, vice-presidente executiva e gerente de portfólio dos Sistemas de Pesquisa e Planejamento das Universidades da Nova Zelândia; Matthew O´Meagher, diretor do Centro de Excelência da Ásia-Pacífico para a América Latina; e Amy Rutherford, diretora regional para as Américas, Oriente Médio e Europa da Education New Zealand.

A relevância da pesquisa em conjunto foi ratificada por David Nunes Resende, professor adjunto da Universidade de Aveiro, que enumerou as vantagens da região em que está localizado o escritório do IOC em parceria com instituição portuguesa.

Confira a íntegra da tarde:

Alertas de uma pandemia

O segundo dia do Simpósio Internacional foi norteado pelos desafios e aprendizados trazidos pela pandemia da Covid-19. Temas como a produção nacional de vacinas para a nova infecção foram introduzidos pelo diretor geral de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, e ampliados pelo diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, que pontuou obstáculos encontrados na distribuição dos imunizantes.

A necessidade de aumentar a capacidade de pesquisa no Brasil por meio de incentivos à ciência e inovação foi reiterada pelo professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Luiz Davidovich. Com dados de países como Alemanha, China e Estados Unidos, ele observou que, num plano internacional, a pandemia da Covid-19 aumentou investimentos de pesquisa e desenvolvimento nessas nações.

Especialistas do Instituto Oswaldo Cruz também apresentaram projetos desenvolvidos na unidade nas mais distintas vertentes sobre o novo agravo. A coordenadora da Plataforma de Apoio à Pesquisa e Inovação, Aline Morais, trouxe informações sobre a Vitrine Tecnológica em Covid-19; o pesquisador do Laboratório de Biologia Molecular de Parasitos e Vetores, André Pitaluga, explicou o kit de diagnóstico molecular rápido no modelo Point-of-Care; e a pesquisadora do Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental, Clélia Costa, comentou sobre a Plataforma CHA para educadores, com foco nas mudanças sociais e educacionais no período pandêmico e pós pandêmico da Covid-19.

Ainda no âmbito da Covid-19, a pesquisadora do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental do IOC, Marize Pereira Miagostovich, abordou a contribuição da virologia ambiental para o enfrentamento da emergência sanitária. Em pesquisas iniciadas no começo da dispersão do novo coronavírus, foi realizado um monitoramento da presença de SARS-CoV-2 em esgotos sanitários em Niterói, município do estado do Rio de Janeiro, com uso de tecnologias que se tornaram ainda mais relevantes neste período pandêmico.

O investimento de Luxemburgo no setor de tecnologia em saúde tem gerado um maior interesse pelas pesquisas de ciências da saúde e inovação na região, como relatou Jan Eichbaum – membro do Board do ENRICH Centro de Inovação Brasil Europa. O tema foi explorado também por Leonardo Machado, vice-CEO e diretor executivo SWISSNEX, que discorreu sobre os desafios para a inovação na área acadêmica. Para ele, a parceria entre Brasil e Suíça se dá dentro da diplomacia científica, facilitando a cooperação científica internacional e melhorando as relações internacionais entre os países.

Confira a íntegra do segundo dia do evento:

Parte da manhã

Parte da tarde

Iniciativas e perspectivas em inovação

O último dia do Simpósio abordou a temática ‘Iniciativas em Inovação da Fiocruz’, no qual foram destacados os programas de empreendedorismo da instituição: o Inova Fiocruz e o Inova Labs. A apresentação das iniciativas ficou a cargo da coordenadora adjunta do Inova-Fiocruz e pesquisadora do IOC, Claude Pirmez, da assessora da Vice-presidência de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS/Fiocruz), Cristiane Quental, e do vice-presidente Rodrigo Correa. Após a fala dos participantes, foi a vez da pesquisadora do Laboratório de Genômica Funcional e Bioinformática do IOC, Mariana Waghabi, apresentar o projeto ‘Biotecnologia baseada em aptâmeros para o diagnóstico do câncer de ovário’, vencedor da primeira rodada do Programa Inova Labs, de empreendedorismo científico, em 2019.

Em seguida, o Secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Paulo Alvim, e a Head de Aceleração do polo Biotec Town, Ana Luiza Marcatto, palestraram sobre as iniciativas da Secretaria de Empreendedorismo e Inovação (SEMPI) voltadas ao estímulo à inovação à luz do novo marco legal de CT&I e sobre as experiências da Biotec Town na área, respectivamente. Desafios e oportunidades oriundos do novo marco e as chances para a inovação em Instituições de Ciência e Tecnologia públicas também compuseram a programação do dia.

Já a parte da tarde ficou reservada para o debate em torno do tema ‘Ambiente, Venture Capital e o Financiamento da Inovação’, cuja moderação ficou sob o comando de Ihvi Aidukaitis, presidente da Associação Brasileira de Startups de Saúde.

Confira a íntegra do último dia do evento:

Parte da manhã

Parte da tarde

Reportagem: Kadu Cayres e Max Gomes
25/05/2021
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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