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1980 a 2010

O Ensino do IOC entre 1980 e 2010

A filosofia de Oswaldo Cruz de integrar pesquisa e ensino para o enfrentamento dos principais problemas de saúde pública  norteou a retomada das atividades de ensino no IOC. Os programas desenvolvidos hoje no Instituto foram implantados a partir de 1980, expandiram-se na década seguinte e consolidaram-se com lugar de destaque no atual sistema de pós-graduação do país. Todos os programas de pós-graduação Stricto sensu do Instituto auferiram conceito A nas avaliações realizadas pela Capes. 

Arquivo IOC

O Instituto Oswaldo Cruz conta, hoje, com seis programas de pós-graduação Strictu sensu, que oferecem cursos de mestrado e doutorado

Nas últimas décadas, as atividades de ensino expandiram-se e, além da formação de pesquisadores, o Instituto voltou-se também para a formação de técnicos de pesquisa e de especialistas.

O Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária deu início a esta nova fase do ensino no IOC, em 1980, com a criação do Curso Básico em Biologia Parasitária com saída para o mestrado em várias áreas de concentração correspondentes aos departamentos do Instituto, inclusive em Medicina Tropical que, a partir de 1984, passou a desenvolver um mestrado específico. O Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular foi criado em 1989. Em 2004 nasce o quarto programa de Ensino em Biociências e Saúde e em 2008 o mais novo programa de Biologia Computacional e Sistemas.

O ensino de nível técnico foi instituído no Instituto Oswaldo Cruz a partir de 1981 com a criação do Curso Técnico de Pesquisa em Biologia Parasitária. No ano 2000, o programa foi dividido em duas modalidades: o Curso de Formação de Técnicos e o Curso de Especialização de Nível Técnico em Biologia Parasitária e Biotecnologia.

Arquivo IOC

Hoje, o IOC forma pesquisadores, técnicos de pesquisa e especialistas.

Nos anos seguintes, o ensino técnico no IOC passou por grande reestruturação, alinhando-se à política de desenvolvimento e valorização da educação profissional e tecnológica de nível médio. Em janeiro de 2011, as mudanças permitiram o credenciamento do curso junto ao Ministério da Educação e Cultura, e sua integração ao Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, com a nova denominação de “Curso Técnico em Biotecnologia”. No mesmo ano, em junho, o curso foi reconhecido e registrado pelo Conselho Federal de Química, o que representou para os egressos a conquista do direito de exercer a profissão.

Programas de Pós-graduação Stricto sensu

O Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Biologia Parasitária foi inicialmente estruturado em duas fases. A primeira, constituída por um curso com áreas de concentração em virologia e parasitologia, evoluiu, em 1980, para um curso denominado Curso Básico, com duração de um ano, com uma grade curricular abrangente, contemplando os conhecimentos fundamentais de microbiologia, parasitologia, imunopatologia e epidemiologia. Esse curso tinha caráter terminal e ao mesmo tempo era requisito para a segunda fase do programa, o mestrado propriamente dito. Em 1992, o Programa de Biologia Parasitária, que visava à formação de pesquisadores para a pesquisa básica, e já havia titulado cerca de cem mestres, evoluiu para a implantação de seu curso de doutorado. O curso conta com as seguintes áreas de concentração: biologia; imunologia e patogenia; genética e bioquímica e ecologia e epidemiologia.

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Criado em 1980, o Programa de Biologia Parasitária ganhou, em 1992, o curso de doutorado, de onde já saíram três trabalhos vencedores do Prêmio Capes de Teses

O Programa de Medicina Tropical, voltado prioritariamente para a formação de pesquisadores em epidemiologia clínica e experimental, teve seu curso de mestrado implantado em 1984, também tendo o Curso Básico como pré-requisito. O curso de doutorado em Medicina Tropical foi implantado em 1987.

Em 1989, visando a formalizar as atividades de ensino da área de biologia celular e molecular que já vinham sendo desenvolvidas no interior dos outros cursos e mesmo em cursos de outras instituições, foi implantado o terceiro Programa de Pós-graduação Stricto Sensu do Instituto, constituído pelos cursos de mestrado e doutorado em Biologia Celular e Molecular que trabalha com as seguintes áreas de concentração:  Biologia Celular e Molecular e Farmacologia e Imunologia. Neste mesmo ano, o Curso Básico foi extinto e suas disciplinas foram incorporadas pelos programas de pós-graduação Stricto sensu.

Seguindo a linha de crescimento, em 2004, iniciou-se o quarto programa de Ensino de Biociências e Saúde com o objetivo de contribuir para a efetiva apropriação social do conhecimento nas áreas de ensino formal e não formal em Ensino de Biociências e saúde através da formação de docentes com vivência em pesquisa, e de pesquisadores de alto nível científico, capazes de formular, planejar, desenvolver e avaliar projetos de pesquisas, novas metodologias e produtos para educação em Biociências e Saúde.

O quinto programa, Biologia Computacional e Sistemas foi credenciado pela CAPES em 2007 e sua primeira edição se deu em 2008. Este programa tem por objetivo formar pesquisadores com alta capacidade acadêmica e científica que atuem na tríade pesquisa-ensino-produção com ênfase nas áreas de concentração: Biologia molecular estrutural; Genômica funcional, evolução e filogenômica e Sistemas de informação e métodos computacionais.

Ainda em 2007, ratificando uma tendência da FIOCRUZ em se internacionalizar, foram criados dois cursos internacionais por iniciativa da Presidência da República no âmbito do Ministério das Relações Exteriores que junto a FIOCRUZ está articulada com a Vice-presidência de Ensino, Informação e Comunicação. São duas experiências inéditas para formação de mestres na área de Biociências e Saúde em parceria com instituições parceiras na Argentina e em Moçambique. Atualmente, temos 25 alunos participando dos programas internacionais.

A partir de 2008, numa associação parcial junto à UFRJ/IE, o IOC participa do programa de Pós-graduação stricto sensu em POLÍTICAS PÚBLICAS: ESTRATÉGIAS E DESENVOLVIMENTO - PPED, respondendo, na figura da pesquisadora Drª. Claudia Chamas,  pela área de concentração de Inovação, Propriedade Intelectual e Desenvolvimento.

Programas de Pós-graduação Lato sensu

O Curso de Especialização em Entomologia Médica é o mais antigo dos cursos, datando da década de 80. Entretanto, foi totalmente reestruturado em 1993 e tem como objetivo o aperfeiçoamento de pesquisadores e docentes nas áreas de concentração de entomologia e acarologia.

Arquivo IOC

O IOC oferece cinco cursos de especialização, ou seja, modalidade Lato sensu

O Curso de Especialização em Malacologia foi implantado em 1994 e, com uma perspectiva multidisciplinar, visa à formação de recursos humanos capazes de atuarem na elaboração e execução de estratégias de controle de moluscos de importância médica. O curso tem um caráter de treinamento em serviço e enfatiza o estudo dos moluscos vetores da esquistossomose e de outras helmintoses de interesse médico e veterinário.

Ambos os cursos são dirigidos, preferencialmente, a profissionais de órgãos governamentais como a Fundação Nacional de Saúde e secretarias estaduais e municipais de saúde, entre outros.

O terceiro curso criado foi o de Especialização em Ensino em Biociências e Saúde em 2000 e tem como objetivo a qualificação de recursos humanos por meio da formação e atualização científica em Biologia e Saúde, enfatizando uma articulação íntima entre a produção do conhecimento e a educação científica, bem como a capacitação para a produção de materiais educacionais em Biologia e Saúde.


Formação de técnicos de pesquisa

Curso Técnico (Nível Médio)

O Curso Técnico de Pesquisa em Biologia Parasitária objetiva a formação profissional de técnicos para a pesquisa básica e aplicada na área das ciências biomédicas.
O curso foi instituído em 1981 e tem a duração de 1 ano. Para cursá-lo o aluno deve ter o ensino médio completo. Os egressos do Curso Técnico são reconhecidos como possuidores de alta qualificação técnica; muitos foram admitidos por concurso público em diversas instituições de pesquisa e ensino, como a Uerj, o Inca, a UFRJ e a própria Fiocruz, entre outras. Além disso, esse é um dos poucos senão o único curso no país destinado à formação de técnicos com esse perfil.

A integração pesquisa-ensino também é característica fundamental desse curso. Após concluírem as disciplinas ministradas por pesquisadores, através de aulas teórico-práticas, os alunos passam por períodos de estágio de longa duração nos laboratórios do IOC e de outras unidades da Fiocruz.

Especialização de nível técnico

A reforma do ensino médio, introduzida pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, previu a estruturação de cursos de especialização de nível técnico. Neste contexto, e pelo fato de o programa e a duração do curso de formação de técnicos do IOC formar profissionais que de fato se especializavam em determinadas áreas, o Instituto empreendeu uma reestruturação na formação de técnicos.

A partir de 2000, o curso de formação de técnicos que inicialmente era de dois anos passou a ter um ano de duração e foi criado um curso de Especialização de Nível Técnico em Biologia Parasitária e Biotecnologia, também com um ano de duração e com as seguintes áreas de concentração: animais de laboratório, bacteriologia, biologia animal, biologia molecular, biologia vegetal, cultura de células, experimentação animal, fármacos, helmintologia, hemoterapia, imunologia, malacologia, micologia, microscopia eletrônica, patologia clínica, protozoologia, vetores e reservatórios, e virologia. Para cursá-lo o aluno deve ser formado em curso técnico na área de saúde.

Outras atividades de ensino

Diversas outras atividades de ensino envolvendo diferentes instituições e clientelas também são desenvolvidas no IOC, além dos programas formais continuados. Essas atividades ocorrem a partir de demandas e projetos específicos, como, por exemplo, o do curso de atualização de professores de biologia da rede pública de ensino médio (Projeto Fiocruz/Faperj), o treinamento de funcionários da Comlurb sobre vetores, ou através de colaborações solicitadas, como o treinamento em diagnóstico de malária para a Força de Paz do Exército Brasileiro em Angola, ou ainda aulas, introduzindo noções de bacteriologia e virologia para o Curso de Especialização em Defesa Química, Biológica e Nuclear para oficiais do Exército.

Arquivo IOC

Tradição em estabelecer parcerias de ensino

Gestão do ensino

A partir de 1980, com o processo de departamentalização do IOC, foram criadas instâncias de coordenação e gestão das atividades de ensino e de deliberação acerca das questões relacionadas ao ensino e à criação de cursos. São elas a Coordenação dos Cursos da Área de Pesquisa, mais tarde denominada Departamento de Ensino, e a Câmara Técnica de Ensino. Mais tarde, em 2006, uma outra reestruturação foi proposta e a Coordenação de Ensino passa a ser chamada de Secretaria Acadêmica.

A Secretaria Acadêmica, situada no Pavilhão Arthur Neiva, conta com vinte e três profissionais que se distribuem entre os programas dos cursos e os diversos serviços de suporte à área como gestão de Disciplinas, Gestão de Diárias, Passagens e Bolsas, Sistemas de Informações e Apoio audiovisual.

O Instituto oferece, em média, anualmente, cerca de 100 disciplinas e tem tido uma média de 800 alunos ativos nos últimos anos. A Secretaria Acadêmica conta com bancos de dados para gerenciar informações sobre os alunos matriculados e as disciplinas oferecidas.

Quanto à infra-estrutura física a Secretaria Acadêmica conta com 17 salas de aula, 2 salas com bancadas, 2 auditórios, 1 laboratório de informática e 1 laboratório de aulas práticas dos programas de pós-graduação situado no pavilhão Arthur Neiva. Em grande parte as atividades didáticas são desenvolvidas nos próprios laboratórios de pesquisa do Instituto.

Teses defendidas

As teses desenvolvidas no IOC versaram sobre: 1) busca de novos métodos diagnósticos das doenças infecciosas e parasitárias, ou aprimoramento de métodos existentes; 2) investigação de novos conhecimentos que possam subsidiar futuras formas de controle/prevenção dessas doenças, através de controle de vetores ou desenvolvimento de vacinas; 3) padronização, validação e testagem de vacinas; 4) identificação e caracterização de cepas de patógenos; 5) ação farmacológica de produtos naturais; 6) busca de novos agentes terapêuticos, 7) criação de produtos e/ou sugestão ou melhorias de serviços de saúde e educação; 8) produção de material didático como cartilhas, jogos, sites direcionados à educação em saúde, entre outras.

Os principais problemas de saúde abordados nas teses foram: agravos causados por animais peçonhentos; doença de Chagas; cólera; criptococose; dengue; doenças diarréicas; enteroviroses; esquistossomose; hanseníase; hepatite; helmintíases; histoplasmose; HIV; leishmaniose; malária; meningites e encefalites; parvovirose; raiva; toxoplasmose e tuberculose; e na área de ensino em biociências e saúde temas como problemas na formação discente e docente de Biologia; currículos, novas metodologias etc.

:: Ensino no IOC - de 1900 a 1970

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