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Avanço na vacina anti-helmíntica da Fiocruz

Há 35 anos, a Fiocruz estuda uma vacina para helmintos (vermes), principalmente com foco no combate à esquistossomose, doença que atinge 200 milhões de pessoas no mundo. Os pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) isolaram, em 1990, uma molécula que é vital para os helmintos – a SM14. Os resultados foram protegidos por patentes. Com base nesta molécula, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os estudos permitiram obter dois produtos: um candidato a vacina para esquistossomose (que terá a fase 1 de testes clínicos iniciada pela Fiocruz ainda em 2010) e uma vacina para a fasciolose,  doença parasitária mais comum em gado no mundo. A vacina para fasciolose poderá ser aplicada em para ovinos, caprinos e bovinos e foi testada com sucesso em ovinos (carneiros).

Atualmente, estão em curso estudos de formulação para maximizar a proteção da vacina, de forma eficaz e segura. Trata-se da primeira vacina totalmente brasileira e a única vacina parasitária do mundo. Recentemente, os pesquisadores conseguiram escalonar a molécula em laboratório e produzir o chamado “lote GMP”, produzido em condições de boas práticas de fabricação (Good Manufacturing Practices, no original em inglês). Estas iniciativas são fundamentais para a realização de testes clínicos humanos. Além disso, foi desenvolvida a grade de controle de qualidade, dentro dos mais rigorosos padrões internacionais.

Desde o início, o projeto foi apoiado financeiramente pelo IOC e, em sua primeira fase de desenvolvimento tecnológico foi apoiado pelo Programa de Desenvolvimento Tecnológico em Insumos para Saúde (PDTIS/Fiocruz). Em 2005, a empresa Alvos licenciou a vacina veterinária e a vacina humana desenvolvida pelos pesquisadores da Fiocruz, numa parceria público privada. Agora, a Ourofino Agronegócios Ltda acaba de adquirir a Alvos, assumindo todo o processo. Em encontro no dia 05 de agosto, a diretoria da Alvos veio a encontro com a presidência da Fiocruz, a diretoria do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/ Fiocruz) e a coordenadora da pesquisa na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

A coordenadora da pesquisa, a médica Mirian Tendler, do IOC/Fiocruz, aponta que conseguir um parceiro industrial dentro do Brasil é uma grande conquista. “Com a parceria, a vacina contra fasciolose hepática terá seu desenvolvimento muito acelerado”, afirma.

Crédito da imagem que ilustra a capa: Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Dublin, Irlanda

09/08/2010 

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).


 

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