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Informação em doença de Chagas no interior do Tocantins

Teatro, poesia, música, redação, cartazes e até maquetes e livros foram as formas de expressão que mais de 450 estudantes da rede pública encontraram para mostrar tudo o que aprenderam sobre o inseto barbeiro e a doença de Chagas durante o projeto educativo que o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) desenvolve em municípios do interior de Tocantins. A culminância do projeto, como é chamado este momento de apresentação dos trabalhos, movimentou os municípios de Aurora do Tocantins, Combinado e Lavandeira, no final de setembro. O trabalho também foi realizado com a comunidade local, a fim de que todos fossem alertados sobre a importância da vigilância entomológica e da parceria com a saúde.

Catarina Macedo/IOC

Teatro, poesia, música, redação, cartazes e até maquetes e livros sobre o inseto barbeiro e a doença de Chagas foram apresentados por estudantes da rede pública na culminância do projeto desenvolvido pelo IOC

O grupo de especialistas do IOC realiza pesquisas de campo no estado do Tocantins, região endêmica para a doença de Chagas, onde existe a necessidade de vigilância entomológica contínua, mediante o emprego de medidas de prevenção. Em parceria com a secretaria de Saúde local, foram realizadas palestras para agentes de saúde e laboratoristas, além de professores e estudantes, em 20 municípios. “Com a realização deste projeto, envolvendo as escolas e a população, fechamos um ciclo com a mobilização de diversos segmentos da comunidade. Desta forma, foi possível observar como a conscientização para os assuntos de saúde é de fundamental importância para a prevenção da doença de Chagas nesta área que é endêmica”, destacou a pesquisadora do Laboratório de Transmissores de Leishmanioses do IOC, Teresa Cristina Gonçalves.

O objetivo foi avaliar como o tema biologia e ecologia do inseto barbeiro e sua relação na transmissão da doença de Chagas foi trabalhado com os alunos dos ensinos básico, fundamental e médio. “O trabalho de culminância é o produto final do projeto educativo que desenvolvemos. Será consolidado em uma publicação, de modo a possibilitar uma análise criteriosa da efetividade desta linha de trabalho em áreas que necessitam de uma vigilância entomológica constante”, explicou a pesquisadora. 

“Iniciamos com a capacitação dos professores, que incluiu aulas teóricas e oficinas, num período de uma semana. Já nas escolas, os professores puderam trabalhar o assunto empregando diferentes atividades, tais como, teatro, paródia, poemas, redação, jornais, cartazes, livros, maquetes e aulas práticas de atividades de campo em parceria com os Agentes de Saúde. Os alunos e professores do melhor trabalho apresentado em cada município foram premiados com uma visita a sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro”, completou.

Os próximos passos do projeto incluem, em parceira com a secretaria de Saúde do Estado, acompanhar os dados de coleta de triatomíneos obtidos nos três municípios, com o objetivo de avaliar se os indicadores serão impactados – ou seja, se o número de notificação espontânea irá aumentar. “Isso seria um indicador de que a comunidade está ciente da importância de relatar a presença do triatomíneo no seu domicílio, evitando a colonização e possível transmissão da doença”, explicou.

“Retornaremos anualmente aos municípios, durante os próximos cinco anos, para acompanhar os trabalhos realizados nas escolas, estimulando o corpo docente para que cada vez mais este tema seja trabalhado de forma transversal no ensino”, concluiu a pesquisadora.

A atividade integra o Programa Estratégico de Apoio à Pesquisa em Saúde (PAPES V) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/ CNPq foi promovida em parceria com o Laboratório de Doenças Parasitárias do Instituto Oswaldo Cruz, com a Fiocruz Minas, Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins, Secretaria de Educação do Estado do Tocantins, Secretarias Municipais de Educação e Saúde dos municípios de Aurora do Tocantins, Lavandeira e Combinado.

Cristiane Albuquerque

21/10/2010

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