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Prêmio inédito coroa 30 anos de trajetória

A Coleção de Leishmania do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) recebeu em setembro, na capital catarinense, o mais relevante prêmio de seus 30 anos de história na 12º Conferência Internacional de Coleções de Culturas, organizada pela World Federation for Culture Collection (WFCC). O evento também foi oportunidade para uma aproximação França-Brasil, abrindo caminho para a integração virtual com a Coleção de Leishmania do Centro Nacional de Referência de Leishmania da França, a maior deste tipo no planeta.

Prêmio internacional

A 12º Conferência Internacional de Coleções de Culturas premiou o trabalho "Productivity indicators of Leishmania collection of Oswaldo Cruz Institute (CLIOC, WFCC/WDCM731)" na categoria "Resource Centers: preservation, quality management, legal and safety issues". Ao todo, 44 trabalhos de instituições da Austrália, Bélgica, México, Venezuela, França, Argentina, Alemanha, entre outros países, concorreram a três premiações nesta categoria.
 

 Gutemberg Brito

 Laboratório de Pesquisas em Leishmanioses do IOC


A curadora da Coleção e pesquisadora do Laboratório de Pesquisas em Leishmaniose, Elisa Cupolillo, declara que o prêmio consolida um trabalho de décadas. “Já foi uma conquista terem inserido nossa Coleção na Rede Global do Centro de Recursos Biológicos, o que sinaliza que trabalhamos nos mesmos parâmetros de coleções do mundo todo”, frisa.

Ela considera que o prêmio inédito foi mérito da equipe.“É uma satisfação muito grande para os estudantes e para os funcionários, porque traz um reconhecimento para nossas atividades e mostra que estamos acompanhando todo o trabalho da iniciativa global”, comemora.

Gutemberg Brito

 

 Laboratório de Pesquisas em Leishmanioses do IOC

A Coleção de Leishmania, criada em 1980, é dedicada à preservação, armazenamento, distribuição, caracterização taxonômica, identificação de protozoários do gênero Leishmania, representando as espécies patogênicas e não-patogênicas para humanos. A Coleção está cadastrada na WFCC, sendo também reconhecida como Fiel Depositária pelo Ministério do Meio Ambiente.

Conexão Rio-Montpellier

Durante o evento da WFCC, a pesquisadora Elisa Cupolillo e Jean-Pierre Dedet, diretor da Coleção de Leishmania do Laboratório de Parasitologia do Centro Nacional de Referência de Leishmania da França, discutiram sobre a possibilidade de parceria entre as coleções do Rio de Janeiro e de Montpellier, uma pequena cidade no sudeste da França. “Estamos pensando, como primeira iniciativa, em unificar as duas coleções virtualmente”, afirma Elisa. Neste momento ela está na França para discutir possibilidades de colaboração com Patrick Bastien, curador da Coleção francesa.

A Coleção de Leishmania do Centro Nacional de Referência de Leishmania da França opera desde 1975 e possui mais de 6 mil cepas de 72 países de quatro continentes. É, portanto, a maior coleção deste tipo no planeta, abrigando diversas espécies do Velho e Novo Mundo.

Projeto a caminho

Elisa Cupolillo está envolvida diretamente na estruturação de um Centro de Recursos Biológicos em Saúde (CRB-Saúde) na Fiocruz, que visa integrar as diversas coleções microbiológicas. Claude Pirmez, vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, lidera a iniciativa. Desde 1999, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) vem discutindo os desafios e as oportunidades de se estabelecer uma rede global de centros de recursos biológicos, tendo em vista a importância do acesso ao material biológico de qualidade no desenvolvimento da bioeconomia.

O objetivo, segundo Elisa, “é que as diversas coleções compartilhem o mesmo espaço físico, otimizando recursos humanos e o parque tecnológico, para que sejam centro de excelência na condição de serviços.”

Nos últimos anos, a Fiocruz vem reorganizando a infraestrutura e recursos humanos de suas diversas coleções biológicas, com o apoio da Vice-Presidência e Serviços de Referência. A direção do IOC tem sido parceira neste processo, já que a maioria das coleções biológicas da Fiocruz se encontra nesta Unidade.

“É uma ideia inovadora”, diz. “Esperamos que este CRB-Saúde venha a ser um centro de pesquisas, de recursos biológicos e que sirva ao país, fornecendo e recebendo linhagens, investigando novas metodologias de preservação e identificação e realizando pesquisas de alto nível dentro do escopo do acervo que vier a compor este Centro. A maioria das coleções microbiológicas do IOC e algumas das outras Unidades da Fiocruz já estão em processo final de informatização e vêm trabalhando na implantação do sistema de gestão da qualidade, o que é um grande avanço”, afirma.

João Paulo Soldati

29/10/2010

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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