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Ecos de 11 de setembro

Anthrax e bioterrorismo foram alvo de debate durante o primeiro dia do I Simpósio em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Doenças Bacterianas e Fúngicas, realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). O pesquisador Leon Rabinovitch, chefe do Laboratório de Fisiologia Bacteriana do IOC, participou da mesa-redonda Diagnóstico Avançado em Doenças Bacterianas e Fúngicas com o tema Anthracis: Diagnóstico e Bioterrorismo. O especialista apresentou dados sobre o bacilo anthrax, conhecido pelo uso como arma biológica por grupos extremistas após o atentado de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos.

Desde 1976 não se registrava um caso de contaminação por anthrax nos Estados Unidos e o alerta das autoridades norte-americanas sobre os riscos e perigos da bactéria chegou ao Brasil. “Em 2001, o governo federal acionou técnicos especializados, inclusive pesquisadores da Fiocruz, para verificar que pó suspeito era aquele achado num avião comercial no [Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim] Galeão (RJ), mas nada foi confirmado”, relatou.

 Gutemberg Brito

 

 Pesquisador Leon Rabinovitch do IOC em palestra

“Essa bactéria pode ser encontrada em solos adubados e a contaminação do homem se dá pelo contato cutâneo, intestinal ou pulmonar”, descreveu. A forma mais visível da destruição do bacilo anthrax ocorre na pele. “Na forma cutânea, pode evoluir de uma vermelhidão seguida por um edema amarronzado e causar hematomas graves”, disse o pesquisador. Uma vez inalado ou ingerido, provoca mal-estar parecido com o de uma gripe ou o de um distúrbio intestinal simples. Sete dias depois da contaminação surgem os sinais da doença, na forma de infecções no pulmão ou no aparelho digestivo, podendo levar à morte em 24 horas.

O cientista revelou que o tempo de tratamento da forma cutânea do bacilo pode se estender por 60 dias, além de deixar cicatrizes. Existem, no entanto, 80% de chances de cura. Já a contaminação por outras formas, como a respiratória e gastrointestinal, pode levar de 7 a 10 dias de tratamento. Rabinovitch afirmou que a forma pulmonar do anthrax é 80% mais letal que a de pele.

João Paulo Soldati

05/11/2010

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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