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Alunos africanos do IOC em Moçambique defendem mestrado

Um dos objetivos do governo brasileiro nos últimos anos tem sido reforçar as relações com os países africanos. Neste contexto, uma delegação brasileira, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está em Moçambique durante esta semana para uma série de eventos e ações de integração entre os dois países. Na área da saúde, a Fiocruz e o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) têm fundamental importância.

 Alda Cruz

 

Seis alunos do IOC defenderam e foram aprovados
como mestres em Ciências


Uma das ações da Fundação, o Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, capitaneada pelo IOC e realizado em parceria com o Instituto Nacional de Saúde de Moçambique, rendeu nesta semana novos frutos – seis novos frutos, mais exatamente.

“Os dias 8 e 9 de novembro de 2010 vão entrar para a história do Instituto Oswaldo Cruz e da Fiocruz. Frente às suas respectivas bancas examinadoras, seis alunos do IOC defenderam seus trabalhos e foram aprovados na arguição que lhes concedeu o título de mestre em Ciências. Nos próximos meses, os outros cinco alunos dessa primeira turma defenderão suas teses, completando assim os egressos da primeira turma do Mestrado do IOC na África”, comemorou Tania Araujo-Jorge, diretora do Instituto.

Cooperação pela Saúde

Iniciativa solidária do governo brasileiro, o Programa tem como objetivo formar pesquisadores locais capacitados para atuar diretamente na melhoria dos sistemas de saúde dos países africanos, em atividades de pesquisa e controle dos diferentes agravos que atingem a região.

 Alda Cruz

 

Dissertações abordaram os temas doenças sexualmente
transmissíveis, malária e tuberculose


“A ideia do projeto sempre foi a de ‘nuclear’ um programa de pós-graduação no Instituto Nacional de Saúde de Moçambique. Na verdade, a estrutura é parecida com a de programas apoiados pela Capes e CNPq para fomentar a cooperação entre regiões no Brasil, com financiamento para que professores, orientadores e alunos tenham mobilidade para desenvolver suas teses e dissertações em parte em uma área mais carente academicamente e outra com infraestrutura e massa crítica melhor para o desenvolvimento científico. Essa estratégia é muito especial porque facilita o desenvolvimento integrado e cooperativo de projetos. Para o futuro, a ideia é formatar uma plataforma de pesquisa interinstitucional em diversas áreas formando uma rede de pesquisa contínua. Assim, manteremos colaborações de longa duração e poderemos contribuir de maneira efetiva para a resolução de problemas de saúde pública”, explicou Milton Moraes, coordenador do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC, que, juntamente com a pós-graduação em Medicina Tropical,  baseiam a formação dos estudantes moçambicanos no Brasil.

Os agravos abordados nas dissertações defendidas pelos mestrandos Alice Manjate, Amina de Sousa, Graça Salomé, Rafael Joaquim, Ângelo Augusto e Raquel Matavele foram doenças sexualmente transmissíveis, malária e tuberculose.

“O programa vem desde 2006 tentando criar condições políticas, financeiras e cientificas para titular no próprio local os cientistas que enraizarão a ciência para a saúde em Moçambique. Colhemos ontem os primeiros frutos concretos dessa semeadura”, comentou Tania, acrescentando que “a alegria e o orgulho de ver concluída uma fase importante da extensão da solidariedade do IOC no campo do ensino de pós-graduação eram o sentimento dominante na delegação do Instituto no evento”.

Segundo ela, os pesquisadores do IOC, além das defesas de dissertações, ainda integraram a delegação da Fiocruz na visita do presidente Lula às instalações da futura fábrica de medicamentos que a Fiocruz está ajudando a instalar em Moçambique e participam do Seminário para a instalação do Doutorado em Ciências da Saúde. “É a cooperação internacional do IOC na África contribuindo decisivamente para consolidar as parcerias do Brasil com Moçambique”, disse.

Além dos pesquisadores do IOC Tania Araújo-Jorge, Pedro Cabello, Milton Moraes, Dumith Bou-Habib, Wilson Savino, Alda Cruz e Marcio Bóia, que participaram tanto compondo bancas de avaliação quanto acompanhando os alunos que orientam no mestrado, participaram das defesas pesquisadores da Universidade Eduardo Mondlane e do Instituto Nacional de Saúde.

“É importantíssimo ressaltar nominalmente que o Programa teve a participação de vários professores, mas que a condução cuidadosa da coordenação pelos professores Wilson Savino, pelo Brasil, e Ilesh Jani, por Moçambique, é um exemplo de trabalho bem feito e íntegro, onde observa-se uma mistura de alto nível para a integração de atividades acadêmicas de forma horizontal, sem hierarquias”, comentou Milton.

10/11/10

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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