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Fiocruz inaugura ala de ensino no campus Mata Atlântica

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) inaugurou na manhã desta quarta-feira, 27/04, o Pavilhão Olympio da Fonseca – Ala de Ensino no campus Fiocruz Mata Atlântica (CFMA), no Rio de Janeiro. Durante o evento, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, assinou a portaria de constituição do Comitê Gestor Técnico-Científico de Educação e Pesquisa do novo campus, coordenado por Gilson Silva, e composto por dois grupos de trabalhos: o Grupo de Trabalho de Pesquisa será coordenado por  Paulo Sergio D’Andrea, pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e o Grupo de Trabalho de Ensino por Virginia Hortale.

O Comitê Gestor Técnico-Científico de Educação e Pesquisa do campus Fiocruz da Mata Atlântica é uma iniciativa conjunta da Presidência da Fiocruz através do Programa de Desenvolvimento do campus Fiocruz da Mata Atlântica, das vices-presidências de Ensino, Informação e Comunicação, de Pesquisa e Laboratórios de Referência e de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde e das seguintes Unidades da Fiocruz: Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/ Fiocruz), Instituto de Pesquisa Evandro Chagas (IPEC/ Fiocruz), Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) e Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz).

O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, destacou a importância do novo campus da Fiocruz na perspectiva de ser um novo espaço integrado que associa saúde e meio ambiente. “Esse novo espaço, com novas salas de aula, são importantes em termo de estrutura e de qualidade, pois permitem o desenvolvimento de várias atividades. Mas a Fiocruz não está inaugurando somente salas: o essencial é o que será produzido nesse espaço, no ponto de vista da integração do conjunto da Fiocruz, da pesquisa e da ação no campo da saúde pública e do cuidado com o ambiente. Ambiente e saúde são duas faces de um mesmo processo, não há como pensar a questão da saúde sem pensar em um ambiente saudável”, ressaltou.

 Gutemberg Brito

O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, destacou a importância do novo campus da Fiocruz na perspectiva de ser um novo espaço integrado que associa saúde e meio ambiente

Paulo Gadelha lembrou os avanços da Fiocruz nos 15 anos de trabalho da para a construção do novo campus. “Há 15 anos, este era um território abandonado, com problemas sociais e pressionado por especulações imobiliárias. Avançamos porque durante este tempo conseguimos manter a presença da Fiocruz progressivamente e esta inauguração representa um momento novo que atesta que a Fiocruz está cumprindo sua promessa e que continuará caminhando de uma maneira muito firme, com possibilidades ainda maiores”, concluiu.

Em seguida, Paulo Gadelha foi convidado a assinar a portaria de constituição do Comitê Gestor Técnico-Científico de Educação e Pesquisa do novo campus. O Comitê tem como objetivo definir diretrizes, integrar o planejamento dos processos e das atividades de educação e pesquisa desenvolvidas, considerando a centralidade estratégica da dimensão sócio-ambiental do campus Fiocruz da Mata Atlântica e sua interface com a saúde, que se expressa na necessária construção de uma relação sustentável em seu entorno e na perspectiva de colaboração efetiva para redução das iniqüidades sociais dos problemas locais de saúde pública.

 Gutemberg Brito

Durante o evento, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, assinou a portaria de constituição do Comitê Gestor Técnico-Científico de Educação e Pesquisa do novo campus

Coordenador executivo do Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz na Mata Atlântica e do Comitê Gestor, Gilson Antunes da Silva destacou a perspectiva de alguns elementos que estão na política de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS), como os conceitos de intersetorialidade, integralidade e participação social para perspectiva de construção de um território saudável e sustentável.

“Alinhada à sua missão, a Fiocruz se preocupa com a saúde coletiva. Nossa perspectiva, é que, no território da Mata Atlântica, a Fiocruz tenha uma ação modelar que envolva a todos no processo na construção de um território saudável, alinhado à questão do meio ambiente. Por isso, é fundamental que esse projeto tenha a participação de todas as unidades da Fiocruz, da população, além da participação de parceiros”, explicou Gilson. “Neste novo campus não trabalharemos somente os aspectos da doença, trabalharemos a vida e a saúde e, para isso, a participação social é fundamental”, completou.

O vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Valclear Rangel, a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, a representante da Secretária Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, Leda César, e a representante da rede de atenção à saúde da área AP4, Jurema Silva, também participaram da cerimônia.

 Gutemberg Brito

As autoridades presentes participaram do descerramento da placa de inauguração do campus Fiocruz da Mata Atlântica

IOC no novo campus

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/ Fiocruz) atua desde 2001 no campus Fiocruz Mata Atlântica e no Parque Estadual da Pedra Branca, com ações de pesquisa e capacitação de agentes comunitários. Desde 2010, vem desenvolvendo no campus atividades ligadas ao Programa IOC no SUS. Coordenador do Grupo de Trabalho de Pesquisa do Comitê Gestor Técnico-Científico do novo campus, o pesquisador do Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios do IOC Paulo Sérgio D’Andrea destacou que o CFMA recebeu importantes investimentos por parte da presidência da Fiocruz e que a criação do Comitê Gestor, um antigo anseio da comunidade de pesquisadores do IOC, irá possibilitar uma  efetiva e integrada “ocupação científica” daquele campus pelos pesquisadores do Instituto.

“Uma das primeiras atividade de ensino e capacitação na nova estrutura do CFMA foi realizada pelo IOC em dezembro de 2010, antes mesmo de sua inauguração oficial, com o curso de Saúde Comunitária oferecido aos moradores do bairro de Jacarepaguá, coordenada pelo pesquisador Antonio Henrique Almeida", explicou. De acordo com Paulo D’Andrea, na área de pesquisa, antecipadamente à formalização do Comitê Gestor, foi criado um grupo de trabalho IOC-CFMA . “Este grupo de trabalho atuou no sentido de discutir um plano de ações estruturantes na área de pesquisa de interface Ambiente e Saúde no CFMA e criar mecanismos para incentivar pesquisadores que atuam na mesma área cientifica a estudar de forma sinérgica os diversos aspectos de monitoramento, ecologia, saúde e meio ambiente, dando inclusive subsídios para a criação do Comitê Gestor”, acrescentou.

O pesquisador salientou ainda a importância de outras iniciativas recentes do IOC na interface entre saúde e ambiente. “A Câmara Técnica em Ambiente e Saúde do IOC, por exemplo, tem tido um papel importantíssimo como facilitadora na interlocução interna entre pesquisadores da área de ambiente e saúde e com a vice-presidência da área, com a qual hoje temos uma sinergia muito grande", destacou. Paulo D’Andrea citou a participação do Instituto na elaboração do relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) sobre a área de ambiente e saúde, e o Projeto Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Ações de Priorização, Transversalização e Fortalecimento da Atenção, Promoção e Vigilância da Saúde Pública e Ambiental frente à Realização de Grandes Empreendimentos - Desafios da Energia, Saúde e Ambiente para a Redução das Iniquidades Sócio-Ambientais, desenvolvido em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que visa proposições que vão minorar e estudar o impacto dos grandes empreendimentos em cima da saúde humana e da biodiversidade para demonstrar a interlocução do Instituto com a vice-presidência da Fiocruz. 

O pesquisador lembrou, ainda, a participação do pesquisador Daniel Buss, atual coordenador da Câmara Técnica de Ambiente e Saúde do IOC, como representante da Fiocruz na Conferência das Partes (COP-10) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), realizada em Nagoya, no Japão, em outubro de 2010, e de Martha Barata, também como representante da Fiocruz, na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas. Destacou também a política de valorização das coleções biológicas, que permite que o IOC abrigue 19 coleções institucionalizadas, a criação do Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Saúde e a formalização do convênio IOC-CEADS-Ilha Grande, que atuam para garantir a sustentabilidade e fortalecer o segmento.

28/04/2011

Cristiane Albuquerque

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